O governo da Coreia do Sul deu início a ações de repressão contra as plataformas de jogos play-to-earn no país, modalidade que usa criptomoedas como ativos e que tem conquistado cada vez mais fãs pelo mundo com o crescimento dos NFTs e Metaverso. Segundo o site local Naver, as autoridades sul-coreanas já pediram ao Google e Apple que bloqueassem tais aplicativos em suas lojas online.
De acordo com a publicação feita no início da semana, o governo recentemente fortaleceu o monitoramento de jogos de blockchain e espera que, com as novas medidas, se fortaleçam as repressões às empresas que fornecem tais serviços. A mensagem para as gigantes de tecnologia ficou clara: “Não lancem jogos play-to-earn”, ressaltou o Naver.
“Jogo especulativo”
Uma das primeiras ações para frear os jogos do metaverso é bloquear desde o primeiro estágio de distribuição do jogo até o registro do aplicativo. Isso porque o governo identificou que há várias fases antes de o jogo chegar ao mercado, como pré-lançamento, por exemplo.
Segundo o Naver, para isso, o Comitê de Gestão de Jogos, departamento do Ministério da Cultura da Coreia do Sul, enviou recentemente ofícios às empresas de distribuição dos aplicativos que são tratados pelo governo como “jogos especulativos”, o que é proibido no país, segundo o Comitê.
Repressão aos jogos play-to-earn na Coreia do Sul
Ainda de acordo com a publicação, a partir de agora, empresas de jogos que querem lançar suas plataformas devem receber uma classificação do Comitê de Gestão de Jogos, que vai indicar traçar a modalidade, conteúdo e idade indicativa.
Com a onda crescente de jogos em blockchain na modalidade play-to-earn, ou seja, ‘jogue para ganhar’, várias plataformas surgem na rabeira do sucesso Axie Infinity.
Todos os dias nascem novos projetos parecidos, tanto criados na rede Ethereum quanto na Binance Smart Chain e em outras redes descentralizadas.
Os jogos play-to-earn, “jogue para ganhar” em português, consiste em recompensar o jogador por criação de NFTs e realização de tarefas dentro do jogo, como criar personagens, cidades virtuais e batalhas.
A modalidade cresceu com o início da pandemia do coronavírus em 2020, pois foi vista como uma fonte de renda extra, quando a população em vários países se mantinha isolada em casa.