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Foto: Divulgação

A inflação se tornou um problema para as economias do mundo todo. Os Bancos Centrais têm falhado em segurar a inflação no patamar dos 2% e, como resultado, estamos observando o poder de compra de nossas reservas evaporar à medida que diversas mercadorias ficam mais caras e moedas locais perdem seu valor.

Estratégias de proteção de capital podem não ser algo fácil de achar para muitos que atualmente se veem presos nessa situação econômica degradante. Bancos locais oferecem baixos retornos, sem contar que órgãos governamentais podem bloquear o acesso a moedas mais fortes como o dólar americano.

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Como o DeFi pode oferecer soluções financeiras para qualquer um com acesso à internet

O sistema financeiro tradicional fracassou em ajudar muitos a protegerem seu patrimônio. Em resposta, bilhões de dólares entraram em um novo mercado financeiro baseado na tecnologia blockchain. Esse novo sistema é conhecido como ‘Finanças Descentralizadas’, ou simplesmente DeFi, e se transformou em um oásis econômico para qualquer um com acesso à internet mundo afora. 

Um dos objetivos do DeFi é criar um sistema financeiro que elimine o intermediário. Atualmente, o sistema financeiro tradicional não consegue prover ganhos decentes para seus clientes porque ele precisa, em primeiro lugar, pagar a si mesmo.

As finanças tradicionais estão repletas de vários departamentos e executivos cujos salários são retirados dos lucros que os clientes poderiam ganhar. Por substituir a estrutura corporativa do sistema financeiro, que é indiscutivelmente afetada por uma certa medida de ganância, o DeFi permite que, através da informatização, recebamos melhores retornos do que qualquer outra instituição tradicional pode oferecer. 

Qual é a história do DeFi?

Alguns dizem que o DeFi teve início com o lançamento do Bitcoin em 2009. O Bitcoin foi o primeiro ativo digital do seu tipo e acendeu uma verdadeira revolução tecnológica ao introduzir as propriedades de imutabilidade e segurança que fizeram a blockchain ganhar sua fama. 

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O Bitcoin mostrou ao mundo o que era possível, criando uma nova classe de ativos que se disseminou em milhares de tokens cripto atualmente disponíveis em um cripto mercado trilionário. Depois do Bitcoin, apareceram novas redes como o Ethereum — que tinham o potencial de rodar apps nas suas blockchains, e é aí que o DeFi começou a florescer.

Aplicações descentralizadas, ou dApps, tornaram possível a execução de transações financeiras de uma forma mais segura em blockchains do que em aplicações baseadas em servidores da internet, cujas imunidades são praticamente impossíveis de se assegurar.  

Anos se passaram até que o DeFi se desenvolvesse e tomasse a forma atual de um setor financeiro sério. Porém, um período de crescimento exponencial começou em 2020.

Como resultado, o valor total bloqueado ou, do Inglês total value locked (TVL), em DeFi, que nada mais é do que uma métrica semelhante à AUM (ativos sob gestão, do Inglês assets under management), cresceu de menos de um bilhão de dólares em 2020 para mais de US$ 50 bilhões hoje em dia. 

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Muito do crescimento no DeFi se deve à proliferação de novos projetos tentando recriar serviços financeiros na blockchain, tais como empréstimos e trading. Uma das principais ferramentas em meio a tamanho ‘boom’ foram as stablecoins.

De que maneira as Stablecoins se tornaram uma parte importante do ecossistema DeFi?

A aparição das stablecoins no cripto mercado foi um evento relevante para o crescimento do DeFi. Ativos como o BTC apresentam um enorme potencial para crescimento, mas também acabam sendo muito voláteis – o que os torna ativos complicados de serem usados em um sistema financeiro, o qual precisa de certa porção de previsibilidade ao oferecer produtos e serviços.

Ao contrário do BTC, as stablecoins permanecem atreladas ao preço de uma moeda fiduciária tida como ‘referência’, quase sempre sendo o dólar americano. Elas possibilitam o acesso ao valor de dólares americanos a partir de qualquer lugar no mundo, e, com elas, mais e mais serviços um tanto previsíveis podem ser oferecidos com o DeFi, trazendo taxas de retorno mais altas do que as encontradas nas finanças tradicionais.

Por exemplo, deter stablecoins em alguns países pode ser uma proteção contra a inflação local, mas essas stablecoins também podem ser ‘colocadas para trabalhar’ em um sistema financeiro global. Alguém em Buenos Aires pode emprestar dólares para alguém do outro lado do planeta, em Tóquio, além de gerar lucros a partir dos juros do empréstimo.

As stablecoins também permitem que ativos voláteis sejam precificados na blockchain, portanto, quando alguém quer vender seus bitcoins, não é necessário convertê-los em alguma moeda local. Ao invés disso, o BTC pode ser trocado por stablecoins através de uma corretora descentralizada DeFi (DEX) que evita as complicações e taxas ligadas à venda de BTC nos mercados centralizados tradicionais. 

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Por onde começar para participar do DeFi?

Os primeiros protocolos DeFi a aparecerem foram construídos no Ethereum. No entanto, um dos principais problemas na utilização dessa rede é o fato de que o custo das transações aumenta quando muitos usuários tentam fazê-las ao mesmo tempo. Então, durante períodos de alto tráfego, uma simples transação pode até ultrapassar os $100, e essa possibilidade deve ser levada em conta para qualquer estratégia de proteção de capital.

Atualmente, várias blockchains foram desenvolvidas para serem mais rápidas e baratas do que o Ethereum. Esse artigo irá focar nas estratégias DeFi presentes na blockchain mais rápida do momento, a Solana, que também tem um dos mais baixos custos por transação (menos de $ 0,01).

A rede Solana também é lar de uma crescente comunidade DeFi atraída por alta velocidade e custos baixos. O conceito é de que a rede Solana será economicamente viável a qualquer hora, e as oportunidades de participação no ecossistema DeFi continuarão a crescer nessa rede, chamando a atenção de mais desenvolvedores e usuários e, consequentemente, atraindo maiores lucros para o DeFi.

Esse conteúdo irá focar na blockchain Solana quanto a estratégias de proteção de capital contra a inflação. Ele também dará destaque a estratégias que usam stablecoins visando redução de exposição à volatilidade do mercado.

Quais são algumas das estratégias DeFi de proteção de capital?

O ecossistema DeFi oferece diversas formas para protegermos nosso capital em tempos de volatilidade. Tais estratégias incluem simplesmente segurar stablecoins ou usá-las para aumentar ainda mais nossas posições por participarmos em serviços DeFi.

Fazendo ‘hold’ de Stablecoins

O dólar americano está no seu nível de maior força desde 2002 e apenas fazer ‘hold’ de stablecoins lastreadas nele pode nos dar um incrível hedge contra a inflação. Entretanto, existem múltiplas stablecoins no mercado. Elas são criadas basicamente em três diferentes formas com vários riscos inerentes a elas:

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    • Stablecoins atreladas a moedas fiduciárias: Essas stablecoins possuem lastro no dólar ou no equivalente a ele, como títulos do tesouro. O risco de deter essas stablecoins vem com o fato de as empresas as emitirem com falta de transparência quanto às suas reservas em dólar, além do que as regulamentações podem mudar a qualquer momento, impossibilitando o resgate de stablecoins por dinheiro em espécie. Além disso, as empresas que criam stablecoins atreladas a moedas fiduciárias podem congelar contas que detenham suas moedas para acatar pedidos de governos ou forças policiais.

    • Stablecoins atreladas a criptomoedas: Essas stablecoins estão ligadas a cripto ativos como BTC ou ETH e são bem transparentes no que diz respeito à sua origem, com todas as informações podendo ser verificadas na blockchain. Todavia, o risco associado a essas stablecoins deve-se à possibilidade de perda de valor em caso de um hack. Ainda assim, elas não podem ser censuradas e não estão totalmente conectadas aos sistemas financeiros tradicionais, então não podem ser simplesmente “desligadas.”

    • Stablecoins algorítmicas: Essas stablecoins não são atreladas a nenhum ativo. Elas baseiam-se em métodos altamente arriscados para manter seu valor de US$ 1 e muitas stablecoins algorítmicas não conseguiram manter seu valor com o passar dos anos. O governo americano atualmente está tentando banir esse tipo de stablecoins. 

Para a sustentabilidade a longo prazo, as stablecoins atreladas a criptomoedas provaram sua capacidade de manutenção do valor com o tempo e ainda evitam complicações decorrentes de regulamentações e associações com moedas fiduciárias.

Elas são produzidas através do bloqueio de cripto ativos voláteis em um contrato inteligente e por mintar stablecoins que representam o valor desses ativos, o que pode fornecer outra estratégia visando crescimento a longo prazo.

Tirando lucros em Stablecoins

Deter stablecoins pode combater a inflação local mas as stablecoins também estão expostas à inflação do dólar americano. Contudo, várias estratégias DeFi dependem de stablecoins para serem lucrativas e auxiliar nessa briga com a inflação. 

As stablecoins podem ser adquiridas de duas formas. Ou compradas do mercado, ou pegas por empréstimo. Uma maneira de pegar stablecoins emprestadas e ainda manter uma exposição a cripto ativos com potencial de crescimento a longo prazo é por cunhar USDH por meio do projeto Hubble Protocol

Os usuários podem depositar BTC, ETH, SOL e diversas outras criptomoedas conhecidas na plataforma Hubble para pegar USDH emprestado. O USDH emprestado pode ser usado, então, para geração de renda a partir de empréstimos a outros por meio de protocolos como o Solend, o maior mercado de empréstimos na rede Solana, ou por prover liquidez através da Kamino Finance, um protocolo que habilita usuários a ganharem taxas por ajudarem a facilitar o trading descentralizado. 

Nas Finanças Descentralizadas, o intermediário pode ser excluído e usuários ganham taxas por disponibilizarem tokens para empréstimo ou trading. Atualmente, a taxa variável por emprestar USDH no protocolo Solend pode dar aos usuários um APY por volta de 3.49%. Na Kamino Finance, os lucros obtidos por prover liquidez no par USDH-USDC estão na casa dos 9.02% de APY. 

Esses valores são muito maiores do que os métodos de finanças tradicionais podem oferecer por dinheiro em espécie em contas com o fim de poupar fundos, mas essas estratégias incluem riscos adicionais ao fato de somente deter tais stablecoins. Por exemplo, caso um desses protocolos seja hackeado, pode ser praticamente impossível recuperar os fundos perdidos, embora as empresas começaram a oferecer seguros para serviços como os prestados pela Hubble, fornecendo uma camada extra de proteção aos usuários – que pode ser paga em criptomoedas. 

Como será o DeFi no futuro?

A tecnologia blockchain é uma poderosa ferramenta para a construção de redes seguras e que sejam confiáveis e transparentes. O próximo passo é a criação de serviços financeiros seguros e transparentes que podem operar de forma independente na blockchain, sem os encargos e excessos do sistema financeiro tradicional. Qualquer um no mundo pode se beneficiar desse novo sistema. 

O DeFi tem crescido sustentavelmente no decorrer dos últimos anos rumo a um sistema financeiro mais maduro. Ainda assim, o ecossistema DeFi é muito recente e, mesmo com seus retornos batendo quase quaisquer outros nas finanças tradicionais, existem muitos riscos envolvidos em participar dele, novamente, por ser uma tecnologia tão jovem.

Ao mesmo tempo, muitas economias estão em queda livre, enquanto a inflação decola. Portanto, podem existir riscos maiores em manter as economias em um sistema ‘padrão’ que está desmoronando sem diversificar parte do capital. Ao menos o DeFi disponibiliza outros meios de diversificação contra a instabilidade e tais serviços estão disponíveis para qualquer um que tenha computador ou celular.

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