Cofundador da Bitmex se entrega à polícia e sai da prisão com fiança de US$ 20 milhões

Ben Delo, procurado por conspirar para violar a Lei de Sigilo Bancário, voou do Reino Unido para os EUA para ser processado
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Ben Delo (Foto: Divulgação)

Um cofundador da BitMEX se rendeu às autoridades dos EUA. Ben Delo, um cidadão britânico, era procurado sob a acusação de desrespeitar as leis americanas de combate à lavagem de dinheiro. Como parte de um acordo de entrega supostamente negociado com promotores federais em coordenação com o FBI e US Customs and Border Patrol, Delo voou do Reino Unido para a cidade de Nova York, onde foi denunciado remotamente na segunda-feira (15).

Na audiência de acusação, Delo se declarou inocente de não implementar um programa de combate à lavagem de dinheiro (AML) na BitMEX, bem como de conspiração para violar a Lei de Sigilo Bancário. Ele pagou US$ 20 milhões em fiança e pode retornar ao Reino Unido para aguardar o julgamento, de acordo com a Bloomberg.

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Delo é o segundo executivo da BitMEX a ser processado por essas acusações. O CTO Samuel Reed foi preso em outubro e posteriormente libertado sob fiança.

Dois executivos indiciados continuam foragidos.

O CEO da BitMEX, Arthur Hayes, está negociando sua rendição de Cingapura, onde reside desde a acusação de outubro. Em uma audiência em fevereiro, a advogada assistente dos Estados Unidos, Jessica Greenwood, disse ao Tribunal Distrital do Distrito Sul de Nova York que esperava que Hayes se rendesse no Havaí em 6 de abril.

Acredita-se que o chefe de desenvolvimento de negócios da BitMEX, Greg Dwyer, esteja nas Bermudas e não esteja negociando com as autoridades, que buscam a extradição do país caribenho.

De acordo com a acusação, Delo e seus co-réus permitiram que os clientes negociassem sem coletar informações de identificação. “Como resultado de sua falha em implementar programas anti-lavagem de dinheiro e conheça seu cliente (KYC), a BitMEX se tornou disponível como um veículo para lavagem de dinheiro e violações de sanções”, diz a acusação.

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Por exemplo, os promotores afirmam que a Delo até “se comunicava pessoalmente com clientes BitMEX que se autoidentificavam como iranianos”. O Irã está sujeito a sanções dos EUA. Após repetidas notificações, alegam os promotores, o quarteto de réus não conseguiu implementar um programa contra lavagem de dinheiro.

No entanto, o BitMEX continua sendo uma bolsa popular para negociação de derivativos. De acordo com dados da CoinMarketCap, até a publicação, ela registrou US$ 6,4 bilhões em volume de negócios nas últimas 24 horas – a oitava maior do mercado.

*Traduzido e editado com autorização da Decrypt.co