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CFTC testa garantias tokenizadas em derivativos com Bitcoin, Ethereum e USDC

Programa piloto do regulador dos EUA permite o uso de Bitcoin, Ethereum e USDC como margem e atualiza regras para ativos tokenizados

Letreiro da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA (CFTC)
Shutterstock

A Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA (CFTC) lançou um programa piloto que permitirá que ativos digitais tokenizados sejam usados ​​como garantia de margem nos mercados de derivativos dos EUA, marcando uma das mudanças regulatórias mais significativas para as criptomoedas desde a aprovação da GENIUS Act, lei que regula stablecoins nos EUA, no início deste ano.

A iniciativa visa trazer a atividade de ativos digitais para os mercados supervisionados dos EUA e reduzir a dependência de plataformas de negociação offshore, afirmou a presidente interina Caroline Pham em um comunicado na segunda-feira (8).

Durante os primeiros três meses, as garantias elegíveis serão limitadas a Bitcoin, Ethereum e USDC, a stablecoin emitida pela Circle.

O programa estabelece diretrizes para as corretoras de futuros que optam por aceitar ativos digitais como garantia do cliente, incluindo requisitos de relatórios semanais e notificação imediata de quaisquer problemas operacionais. 

Novas diretrizes para RWA

A CFTC também divulgou novas diretrizes que descrevem como ativos tokenizados do mundo real (RWA), como títulos do Tesouro e fundos do mercado monetário, podem ser usados ​​dentro da estrutura regulatória existente da agência. 

Leia também: O que é tokenização de ativos do mundo real?

A orientação aborda a segregação, os acordos de custódia, os padrões de avaliação e os riscos operacionais, e reitera que as regras permanecem neutras em relação à tecnologia.

Para abrir caminho para o novo regime, a Divisão de Participantes do Mercado revogou o Parecer Técnico 20-34, um memorando de 2020 que restringia as FCMs (Futures Commission Merchants) de aceitarem ativos digitais como garantia do cliente. 

A agência afirmou que o alerta se tornou obsoleto devido aos avanços na tokenização e às mudanças legais introduzidas pela lei GENIUS Act.

O trabalho da CFTC em cripto

A GENIUS Act, aprovada em julho deste ano, criou uma estrutura federal para ativos digitais não mobiliários e expandiu a autoridade da CFTC sobre os mercados à vista de criptomoedas e garantias tokenizadas.

Ecoando o sentimento da CFTC, o diretor jurídico da Coinbase, Paul Grewal,  tuitou  na segunda-feira que o parecer de 2020 representava um “teto concreto para a inovação”, ou seja, barreiras e intransponíveis que limitam ou impedem a inovação.

“Baseou-se em informações desatualizadas, ultrapassou em muito os limites da regulamentação e frustrou os objetivos do Grupo de Trabalho do Presidente sobre Mercados de Ativos Digitais”, disse ele.

O projeto-piloto chega dias depois de a CFTC ter autorizado, pela primeira vez, a negociação à vista de criptomoedas em corretoras registradas na autarquia, uma mudança que a presidente interina Pham descreveu como sem precedentes.

A Bitnomial, uma plataforma sediada em Chicago que há muito tempo é regulamentada como um mercado de derivativos, tem previsão de estrear a negociação à vista alavancada esta semana, juntamente com seus produtos de futuros e opções já existentes.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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