O fundador e CEO do Mercado Livre, Marcos Galperin, que no mês passado admitiu ter comprado bitcoin em 2013, voltou a falar sobre a criptomoeda na segunda-feira (15), cerca de dois meses depois de tê-la comparado ao ouro.
“Eu não sou contra isso. Pelo contrário, acho que o bitcoin é um grande ativo como reserva de valor, mas tem fortes contras como meio de pagamento”, escreveu o empresário argentino no Twitter.
O comentário decorreu de uma outra publicação, onde Galperin havia criticado a grande dependência de eletricidade da rede do bitcoin. Ele compartilhou uma notícia sobre apagões em Abkhazia, região autônoma no norte da Geórgia, supostamente causados por uma febre de mineradores de bitcoin.
“Sem dúvida um dos principais pontos negativos do uso de uma criptomoeda como meio de pagamento”, criticou Galperin.
O empresário segue o mesmo discurso de janeiro, quando em resposta ao usuário Arameos, que, num tuíte perguntou, o que o executivo achava do bitcoin e se já havia comprado alguma criptomoeda, ele respondeu:
“Acho que o bitcoin como reserva de valor é melhor do que o ouro”. Para ele, contudo, a criptomoeda não deve substituir as moedas fiduciárias de curso legal por conta do custo de eletricidade envolvido no sistema.
Também em um tuíte, no mês passado Marcos Galperin admitiu ter comprado bitcoin pela primeira vez em 2013, o que dá a entender que ele continuou comprando. “Julho de 2013 minha primeira compra de Bitcoins”, tuitou o empresário quando perguntado se ele mantinha bitcoin.
Naquele ano, o preço do bitcoin variou bastante; ora na casa dos US$ 60 ora na casa dos US$ 100. Mas em dezembro alcançou uma média acima dos US$ 1000.
Em 2018, o Mercado Pago, empresa de tecnologia de serviços de pagamentos do grupo Mercado Livre, fechou uma parceria com a Ripio para intermediar a compra de bitcoins. No entanto, atualmente no site da corretora o serviço se encontra indisponível.