Um dos pianistas mais populares no YouTube aparentemente foi hospitalizado após perder o acesso a um estoque de Bitcoin no valor de mais de R$ 2 milhões.
A história tem sido uma grande notícia no Brasil, onde o pianista clássico, conhecido como Lord Vinheteiro (seu nome verdadeiro é Fabrício André Bernard Di Paolo), tem mais de 7 milhões de assinantes no YouTube.
“Perdi a senha da minha carteira de BTC. Acho que a governanta a jogou fora junto com algumas partituras antigas que doei para uma livraria de segunda mão”, ele publicou no X na semana passada. “Alguém sabe como recuperar as senhas do Ledger Nano X?”
Posteriormente, o pianista compartilhou um vídeo dele procurando o backup em sua biblioteca doméstica. “Você precisa encontrar esse papel, a casa vai cair”, diz ele no vídeo. Não está claro se ele está dizendo isso para sua empregada doméstica ou para outra pessoa.
O incidente ocorreu após uma série de decisões ruins de investimento que Lord Vinheteiro disse ter tomado, incluindo a compra de BTC por cerca de US$ 70 mil e a venda das moedas por cerca de US$ 50 mil. Presumivelmente, ele comprou outro estoque mais tarde, que armazenou no Ledger.
Ele também disse que investiu na OIBR3 (uma empresa de telecomunicações brasileira falida) depois de ouvir uma recomendação de outro YouTuber, resultando em mais de US$ 30 mil em perdas.
As dificuldades de Lorde Vinheteiro têm sido um dos principais tópicos de discussão no podcast de Luan Onofre, outro popular Youtuber brasileiro especializado em análise financeira. Onofre, que disse que Fabrício havia lhe pedido ajuda pessoalmente, compartilhou uma mensagem de voz que o pianista havia deixado para um amigo:
“Ouça, está ficando complicado. Você conhece alguém que possa recuperar minha senha?”, disse Vinheteiro com fraqueza na voz, referindo-se à sua perda no mercado de ações. “Não quero levar outro golpe. Não sei o que fazer, cara, me ajude com isso.”
Durante o podcast, Onofre revelou que Vinheteiro foi hospitalizado como resultado do estresse com uma condição desconhecida depois que ele enviou a mensagem de voz.
O especialista brasileiro em segurança de criptomoedas Marcello Paz, falando em um podcast com Onofre, descreveu a dura realidade da segurança de carteiras de hardware.
“Se ele perdeu o PIN e a frase de backup, não há caminho de recuperação”, explicou ele, observando que os dispositivos Ledger apagam automaticamente todos os dados após três tentativas fracassadas de PIN. “A criptografia é tão robusta que, mesmo sabendo 23 das 24 palavras de backup na ordem errada, levaria bilhões de anos para ser decifrada.”
As tentativas de recuperação se mostraram inúteis e caras, o que aumentou ainda mais a dor da situação.
“Ainda não recuperei o BTC perdido. Muitos se ofereceram para ajudar, mas todos exigiram pagamento adiantado de comissão”, postou Fabrício em 17 de novembro. “Até paguei um cara que sumiu depois de receber o dinheiro. Ninguém ajuda aqui no Brasil. São todos egoístas. Não entendo como esse país ainda não faliu. Preciso pegar o primeiro voo para a Inglaterra”.
O incidente repercutiu em toda a comunidade de criptomoedas do Brasil, que está entre os 10 primeiros em termos de adoção global de criptomoedas, de acordo com a Chainalysis.
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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