Imagem da matéria: Brasileiro perde R$ 100 mil ao acreditar que ganharia lucro de 87% em duas horas com criptomoedas 
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Um investidor perdeu R$ 103 mil em um golpe promovido na internet que usa investimentos em criptomoedas como isca e que promete até 87% de rendimento em um período de duas horas. O caso foi noticiado no Jornal da Record na edição de segunda-feira (22).

Desconfiado, Paulo, como é identificado pela reportagem, disse que procurou uma colega por meio de mensagem para saber mais sobre o negócio e ela afirmou que se tratava de uma aplicação segura. Para obter o lucro prometido, bastava ele informar quem o havia indicado e acessar um link na página de uma suposta influenciadora digital especializada em finanças.

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Paulo então aplicou um total de R$ 103 mil, sendo R$ 13 mil que ele tinha mais R$ 90 mil que conseguiu através de empréstimos. O dinheiro foi enviado através de Pix para cinco empresas apresentadas a ele e que seriam parceiras no negócio. Depois disso, Paulo não viu mais a cor do dinheiro.

A equipe de reportagem da emissora foi atrás das empresas nos endereços informados e descobriu que elas só existiam no papel.

Em um dos locais indicados, no litoral de São Paulo, foi encontrado um casarão demolido onde antes havia uma quitanda. A pessoa ligada ao endereço recebeu uma transferência de R$ 20 mil, conta o jornal.

A equipe localizou também uma pessoa cujo nome aparece como dono do negócio, mas ele afirmou que não sabia sobre o golpe e que provavelmente alguém usou seu nome indevidamente. “Estou surpreso e descobrindo isso através de vocês”, disse ele, afirmando que procuraria a polícia.

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Também procurada pela reportagem, por telefone, a tal influenciadora confirmou a oferta de investimento, afirmando ao repórter que receberia os rendimentos dentro de minutos. Quando ele se identificou, a golpista encerrou a ligação.

Já a pessoa que indicou o investimento para Paulo afirma que teve sua conta na rede social invadida por hackers. 

Dinheiro de golpe com criptomoedas “evapora”

Procurado pela Record, o delegado Carlos Afonso Gonçalves disse: “Quando a quadrilha é muito bem estruturada, o dinheiro em criptomoeda vai para um paraíso fiscal e esse dinheiro acaba sendo sacado e ele evapora”.

Sobre o caso, o advogado criminalista Pedro Iokoi aconselhou que a melhor forma de se fazer investimentos em criptomoedas é através de grandes exchanges conhecidas no mercado para que se saiba “onde o seu dinheiro foi colocado e que você tenha com quem reclamar”.

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