Parece que estamos vendo uma nova onda de stablecoins no mercado com a notícia de que duas grandes empresas estão planejando lançar suas moedas digitais pareadas com moedas fiat, a americana BitGo e a britânica Revolut.
No caso da BitGo, o anúncio de sua moeda, atrelada ao dólar, ocorreu na quarta-feira (18). Apelidada de USDS, a moeda priorizará “justiça, transparência e neutralidade de mercado”, disse a empresa em comunicado. O USDS estará disponível em janeiro de 2025 com a promessa de recompensas aos usuários.
Este lançamento ocorre em um momento em que a BitGo tem demonstrado uma rivalidade com a Coinbase, maior exchange dos EUA que ajudou na criação de uma das maiores stablecoins no mercado, a USDC.
“O mercado de stablecoins há muito é dominado por players que priorizam os lucros em vez do crescimento do ecossistema”, disse a BitGo em seu comunicado. A empresa acrescentou que seu novo produto é apoiado por uma combinação de títulos do Tesouro de curta duração, acordos de recompra overnight (ou repos) e reservas de caixa. A stablecoin será auditada de forma independente por “firmas de contabilidade de primeira linha”.
Apesar disso, a BitGo não confirmou se suas reservas serão auditadas por uma das chamadas “Big Four”: Deloitte, EY, KPMG ou PwC.
Os planos da Revolut
Já o caso da Revolut ainda não é oficial, mas foi noticiado pelo site CoinDesk, que, citando fontes a par do assunto, disse que a empresa está bem avançada no processo de lançamento de sua própria stablecoin.
A Revolut, que agora conta com 45 milhões de usuários e viu suas receitas saltarem para US$ 2,2 bilhões, se juntaria a empresas como a PayPal, que lançou seu token PYUSD atrelado ao dólar em agosto de 2023, além agora da própria BitGo.
No entanto, quando a Revolut lançar sua stablecoin, ela provavelmente não estará disponível nos EUA. Isso porque a empresa encerrou os serviços de criptomoeda no país há quase um ano devido a desafios regulatórios. Portanto, não está claro se a stablecoin da Revolut seria atrelada ao dólar ou à libra esterlina.
A empresa revelou a Revolut X, uma plataforma de negociação de criptomoedas autônoma para clientes de varejo no Reino Unido, em maio deste ano. A plataforma permite que os usuários negociem mais de 100 ativos digitais e tenta competir com as maiores exchanges de criptomoedas, oferecendo taxas baixas e facilidades para entrada e saída.
O que são stablecoins?
Stablecoins são moedas digitais atreladas a ativos estáveis, sendo o mais comum o dólar, permitindo que os traders movam dinheiro de forma rápida e fácil sem precisar usar bancos tradicionais, além de não sofrerem com o tipo de volatilidade visto na maioria das criptomoedas.
A maior stablecoin do mercado é a Tether (USDT), com um volume médio movimentado em 24 horas de US$ 38,2 bilhões, segundo o CoinGecko. Como comparação, o Bitcoin (BTC) tem um volume de cerca de US$ 33,9 bilhões.
Embora populares, as stablecoins são um ativo controverso e costumam estar na mira dos governos. Como consequência da popularidade das stablecoins, os bancos centrais do mundo todo estudam a criação das moedas digitais de bancos centrais (CBDC).
Apesar de serem populares, as stablecoins são um ativo controverso e frequentemente alvo de atenção dos governos. Em resposta a essa popularidade, bancos centrais ao redor do mundo estão explorando o desenvolvimento de moedas digitais próprias, conhecidas como CBDCs (moedas digitais de bancos centrais).
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