O portal oficial do órgão científico da província de Quebec, Canadá, publicou um artigo no qual considera que o Bitcoin não é uma atração para crimes. Segundo o site CCN, o documento expedido no início da semana foi endossado pelo cientista-chefe do governo canadense, Rémi Quirion.
O artigo foi escrito a partir das palavras do CEO da BlackRock, Larry Fink, numa matéria publicada em outubro de 2017 pelo site de notícias CNBC. Na ocasião, Fink expressou a ideia de que o Bitcoin só serviria para lavagem de dinheiro e nada mais.
No entanto, o governo de Quebec foi contrário a esse conceito. De acordo com estudos, ele crê que não há uma conexão significativa entre o Bitcoin e as atividades criminosas, principalmente devido ao fato de que as transações de bitcoins não são anônimas e podem ser facilmente rastreadas pelas inteligências da polícia.
“O Bitcoin não está acima da lei, nem é um ‘ímã’ para transações ilícitas: é apenas uma pequena parte do dinheiro criminal que circula pelo mundo. Ele só será menos atraente para quem não quer deixar rastros”, diz o artigo.
Um dos argumentos apresentados na resenha é o estudo feito pelo órgão do governo que controla os fundos ilícitos apreendidos, o Centro de Sanções e Finança Ilícita da Fundação Defesa da Democracia. Na análise foi observado que apenas 0,61% do dinheiro ilícito entrou nas corretoras para serem convertidos em criptomoedas durante um período de quatro anos.
Além disso, a porcentagem de transações de Bitcoin relacionadas à lavagem de dinheiro diminuiu ao longo do tempo, de 1,07% em 2013 para apenas 0,12% em 2016.
Isso pode ser, parcialmente, devido ao fato de que o Bitcoin pode ter sido trocado por outras criptomoedas que foram criadas com foco em privacidade, como a Monero, por exemplo, que atualmente deve ter mais atividade no lado obscuro da internet, conhecido como dark web.
Defensores do Bitcoin estão certos
Para defensores do Bitcoin esses números não são uma surpresa. A maioria tem conceito formado de que a criptomoeda nunca estará no topo em relação a crimes. E eles estão certos. De acordo com uma outra reportagem da CCN, o dólar americano ainda é a moeda mais utilizada entre redes criminosas.
Realmente ainda é cedo para sabermos como será o mundo do crime quando tudo for digital, mas o crime infelizmente sempre estará presente seja qual for o meio de pagamento. No Brasil, onde as criptomoedas ainda são praticamente desconhecidas pela maioria da população, já aconteceu crimes de lavagem de dinheiro.
Em março deste ano o Portal do Bitcoin publicou uma matéria na qual a divisão da Polícia Federal (PF) que combate crimes na internet deflagrou uma operação que prendeu um grupo de hackers que usava Bitcoin para lavar dinheiro.
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