O Bitcoin não é uma proteção contra quedas do mercado, disseram analistas do JPMorgan em um relatório divulgado nesta quinta-feira (21).
A criptomoeda, que tem uma capitalização de mercado de US$ 590 bilhões, é o “hedge menos confiável durante períodos de estresse agudo do mercado”, escreveram os estrategistas John Normand e Federico Manicardi em um relatório amplamente divulgado hoje.
Se o pânico do mercado induzido pela pandemia de 2020 é alguma indicação, o argumento da criptomoeda como hedge de mercado é muito fraco. Quando os mercados globais crasharam em meados de março do ano passado, o Bitcoin despencou para seu menor preço em anos, US$ 4.200. Desde então, à medida que a economia mundial se recuperou, aumentou para US$ 41.000.
Os analistas disseram que a adoção generalizada das criptomoedas significa que as pessoas estão as usando para ganhar ainda mais dinheiro. Isso significa que está correlacionado com o resto do mercado.
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“O investimento em criptomoedas pelo mainstream está aumentando as correlações com ativos cíclicos, potencialmente convertendo-os de seguro para alavancagem”, disseram eles.
Mas, “sejam as criptomoedas eventualmente julgadas como uma inovação financeira ou uma bolha especulativa, o Bitcoin já alcançou a valorização de preço mais rápida de qualquer ativo indispensável”.
Em um relatório na semana passada, o estrategista sênior de mercados globais do JPMorgan, Nikolaos Panigirtzoglou, disse que o valor intrínseco do Bitcoin aumentará nos próximos meses conforme a atividade de mineração melhorar. Ele disse que poderia chegar a US $ 146.000 conforme os investidores de ouro transferissem seu dinheiro para o Bitcoin.
*Traduzido e editado com autorização da Decrypt.co