Bitcoin é melhor do que o ouro para se proteger da inflação, afirma bilionário Paul Tudor Jones

Fundador do Tudor Group reitera sua preferência pela maior criptomoeda do mundo que está batendo recordes de preço esta semana
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O investidor Paul Tudor Jones. (Foto: Reprodução/YouTube/TED Talks)

Paul Tudor Jones, o bilionário gestor de fundos de hedge, acredita que o bitcoin está ganhando a corrida contra o ouro, de acordo com uma entrevista à CNBC nesta quarta-feira (20).

O apresentador Andrew Ross Sorkin lembrou da última aparição do bilionário investidor americano (cuja empresa controla cerca de US$ 40 bilhões de ativos sob gestão) no programa.

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Em junho, Tudor Jones havia considerado o bitcoin como um “hedge” (ativo de proteção de carteira) contra a inflação.

Ele reiterou seus comentários hoje, afirmando que “o bitcoin seria um grande hedge. Cripto pode ser um grande hedge contra à inflação”.

Sorkin mencionou o recente desempenho impressionante no preço do bitcoin e questionou: “Ainda é um hedge, apesar desses preços?”. Tudor Jones respondeu:

“Olhe, eu tenho poucas quantias de cripto em meu portfólio. Tenho uma pequena posição de negociação em nosso fundo. Eu acredito que estamos migrando para um mundo cada vez mais digital. É claro que existe espaço para cripto e, sem dúvidas, está ganhando a corrida contra o ouro neste momento. Então, sim, eu acredito que seria um hedge muito bom contra a inflação. Seria a minha escolha em vez do ouro atualmente”.

O bitcoin é um diversificador de portfólios?

Na última vez em que Tudor Jones havia sido entrevistado por Sorkin no programa Squawk Box, o investidor contou à CNBC que recomendava uma posição de 5% em bitcoin, acrescentando que ele gosta do “bitcoin como um diversificador de portfólios”.

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Na época, o diretor de investimentos (ou “CIO”, em inglês) da Tudor descreveu sua posição como uma “posição defensiva para mim, pessoalmente, e para minha família; nem preciso mais ficar de olho”.

No entanto, ele diminuiu seu entusiasmo ao comentar sobre sua preocupação com a emissão de carbono causada pela mineração de bitcoin:

Se eu fosse o rei do mundo, eu iria banir a mineração de bitcoin apenas por conta do impacto ambiental e, em seguida, faria com que o ecossistema [cripto] encontrasse uma forma de fazer isso sem precisar expandir ainda mais o fornecimento.

Tudor Jones é um dentre muitos executivos em grandes empresas de investimentos que, agora, estão encorajando clientes a diversificarem seus portfólios com cripto.

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Em janeiro, Scott Minerd, diretor financeiro do Guggenheim, cuja empresa é responsável por US$ 325 milhões, deu ao bitcoin uma projeção de preço de US$ 400 mil e admitiu que parte dos fundos privados da Guggenheim já compraram a criptomoeda.

Em fevereiro, Rick Rieder, diretor financeiro da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, responsável por mais de US$ 9 trilhões de ativos (de acordo com dados de junho deste ano), afirmou que a empresa estava “começando a se arriscar” com o bitcoin.

Em agosto, foi revelado, em um documento publicado pela Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (SEC, na sigla em inglês), que a BlackRock havia investido em duas empresas americanas de mineração de bitcoin.

Nesta quarta-feira (20), o bitcoin continua seu ciclo de alta, atingindo uma nova alta recorde de US$ 66.985, de acordo com o site CoinGecko. O recorde acontece em meio ao lançamento do fundo de índice (ETF) de futuros de bitcoin da ProShares na Bolsa de Nova York (NYSE) ontem (19).

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização da Decrypt.co.