Bitcoin bate recorde de preço no Brasil e supera R$ 380 mil

O BTC superou a barreira de R$ 380 mil pela primeira vez desde novembro de 2021
moeda de bitcoin com bandeira do brasil ao fundo (1)

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O Bitcoin (BTC) nunca valeu tanto pelo menos em real. Nesta sexta-feira (26), a cotação da criptomoeda líder do mercado atingiu R$ 381.780, sua máxima histórica frente ao real. Em corretoras brasileiras, como o Mercado Bitcoin (MB), o Bitcoin chegou a ser negociado por volta de R$ 382.397 nesta manhã.

Embora em dólar o Bitcoin ainda não tenha superado seu recorde de preço de US$ US$ 73.737, a alta de 5,1% da criptomoeda nesta sexta, combinada com a desvalorização do real frente ao dólar nos últimos meses, criou o cenário ideal para o BTC superar a barreira de R$ 380 mil pela primeira vez desde novembro de 2021, segundo dados do Índice de Preço do Portal do Bitcoin (IPB).

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Bitcoin atingiu R$ 381 mil nesta sexta-feira (Fonte: Índice de Preço do Portal do Bitcoin)

Curiosamente, quando o Bitcoin atingiu seu topo histórico frente ao dólar em março deste ano, em real a criptomoeda não teve forças para ultrapassar o último recorde de 2021.

O motivo dessa diferença é a volatilidade do câmbio entre o dólar e o real. No final de 2021, a moeda norte-americana estava na faixa de R$ 5,60. Já em março deste ano, a cotação era em R$ 4,90, uma diferença de 12,5% na época.

Agora o dólar retorna ao nível de três anos atrás, cotado a R$ 5,65 nesta sexta-feira, o que possibilita ao Bitcoin renovar seu recorde de preço.

“O Bitcoin bater um all time high em reais tem muito mais relação ao real do que ao Bitcoin em si. O que está acontecendo é que o real está batendo um all time low em relação ao Bitcoin e se desvalorizando em frente a todas as moedas e todos os outros ativos”, explica Rony Szuster, analista de mercado do MB.

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Ele acrescenta que o evento desta manhã serve para lembrar aos investidores que as moedas fiduciárias não têm limite de emissão, ao contrário do Bitcoin, o que fortalece a narrativa de escassez e descentralização da criptomoeda.

“O governo vai emitir e desvalorizar a moeda o quanto for necessário. Já o Bitcoin, por ter as qualidades de escassez digital que conhecemos, com um limite de 21 milhões de unidades, é imune a alguns problemas cambiais que o real enfrenta”, finaliza Szuster.

Um dos motivos que pode estar influenciando de forma positiva o preço do Bitcoin e das demais criptomoedas nesta sexta é a grande expectativa dos investidores para a participação de Donald Trump na conferência Bitcoin 2024 neste sábado (27), e a esperança de que suas possíveis declarações sobre o Bitcoin impulsionem os preços.