A CF Benchmarks, subsidiária da exchange Kraken, afirmou na quinta-feira (18) que os investidores institucionais estão cada vez mais analisando o Bitcoin sob a ótica da construção de portfólios, em vez de ciclos de preços de curto prazo. E diante desse cenário, a empresa projeta um preço-alvo para o Bitcoin de US$ 1,4 milhão até 2035.
Em um relatório, a CF, que administra índices de referência e é regulamentada pela FCA no Reino Unido, argumenta que o Bitcoin pode ser avaliado usando as mesmas premissas de mercado de capitais aplicadas a ativos tradicionais, incluindo retornos esperados, volatilidade e correlações.
Essa mudança reflete a crescente participação institucional à medida que os mercados regulamentados se tornam mais acessíveis, maior liquidez nos mercados à vista e de derivativos e maior clareza regulatória, segundo a empresa.
Em vez de oferecer previsões de preço de curto prazo, a CF Benchmarks aplica múltiplas estruturas de avaliação para analisar o papel do Bitcoin em portfólios diversificados a longo prazo. Nesses modelos, a companhia faz comparações com outras reservas de valor, análise da economia de produção que vincula o preço de mercado aos custos de mineração e uma análise da sensibilidade do Bitcoin às condições de liquidez global.
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Diante disso, a CF diz que o Bitcoin será sustentado por sua crescente participação no mercado global de reservas de valor, sua oferta fixa e sua capacidade de resposta às condições monetárias. À medida que a participação institucional aumenta, a empresa prevê que a volatilidade diminuirá ao longo do tempo, enquanto as correlações com as classes de ativos tradicionais permanecerão relativamente baixas, aumentando assim o potencial de diversificação.
Preço do Bitcoin até 2035
Usando esses modelos, a CF Benchmarks traçou diferentes cenários para o Bitcoin até 2035. No mais conservador, a empresa aponta que o BTC segue ganhando participação de mercado no mesmo ritmo histórico, entre 16% e 33% do ouro, o que levaria seu preço para US$ 637 mil em dez anos.
Já o cenário base projeta uma adoção institucional mais ampla e um crescimento mais rápido, com o Bitcoin atingindo cerca de um terço da capitalização de mercado do ouro. Com isso, segundo o relatório da CF, o BTC chegaria a US$ 1,42 milhão até 2035.
Há ainda um cenário mais otimista, em que a CF vê o Bitcoin se tornando a principal reserva de valor global, ultrapassando a capitalização de mercado do ouro. Esse cenário projeta uma avaliação do BTC de quase US$ 2,95 milhões até 2035, impulsionada pela adoção institucional e soberana acelerada.
Quanto ter de Bitcoin em carteira
A CF Benchmarks também afirmou que suas simulações sugerem que uma alocação estratégica de cerca de 2% a 5% em Bitcoin poderia melhorar significativamente a eficiência de uma carteira.
Nesses modelos, os altos retornos esperados do Bitcoin, a volatilidade decrescente e as baixas correlações com ações e títulos expandiram a fronteira eficiente, permitindo metas de retorno mais altas com níveis de risco comparáveis ou menores.
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A empresa argumentou que, à medida que a clareza regulatória melhora e o acesso institucional se aprofunda, os investidores provavelmente se concentrarão menos em narrativas especulativas e mais em alocação disciplinada, rebalanceamento e estruturas de gerenciamento de risco.
Em vez de tratar o Bitcoin como um ativo atípico, a análise da CF Benchmarks o posiciona como um ativo que pode ser cada vez mais modelado como um componente de carteiras de longo prazo, com resultados de avaliação atrelados à dinâmica de adoção e às condições macroeconômicas, em vez do sentimento de mercado de curto prazo.
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