BiT Global processa Coinbase por planejar remover o Wrapped Bitcoin em favor do cbBTC

Coinbase lançou sua própria versão de Wrapped Bitcoin em setembro, chamada Coinbase Wrapped BTC, ou cbBTC
moeda bitcoin em cima de celular com logo da coinbase

Foto: Shutterstock

A BiT Global processou a Coinbase por anunciar planos de remover o maior token de Wrapped Bitcoin — ou WBTC — alegando que a exchange sediada em San Francisco agiu de maneira “predatória e injusta”, violando “tanto leis federais quanto estaduais”.

Uma ação judicial apresentada na sexta-feira (13) pela custodiante de criptomoedas alegou que a Coinbase, a maior exchange cripto dos EUA, planeja remover injustamente o WBTC de sua plataforma — uma medida programada para 19 de dezembro — com o objetivo de promover sua própria versão do token digital.

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“Como todas as gigantes centralizadas de tecnologia antes dela, a Coinbase apenas finge apoiar a inovação de um mundo descentralizado”, diz o processo. “Mas, no caso do Wrapped Bitcoin, a Coinbase viu isso apenas como mais uma oportunidade de lucrar”.

A ação também alegou que as listagens de tokens de memes e outras moedas, como Dogwifhat (WIF), Pepe (PEPE) e Mog Coin (MOG) — “sem valor intrínseco” — provam que a Coinbase removeu o WBTC com o objetivo de monopolizar a indústria.

O WBTC é a 18ª maior criptomoeda, com um valor de mercado de US$ 13,7 bilhões, de acordo com a CoinGecko. A BiT Global ajuda a custodiar os tokens, que são respaldados em uma proporção de 1:1 com Bitcoin, mas operam na rede Ethereum.

Os traders utilizam o WBTC para usar seus fundos em Bitcoin em outras plataformas e aplicações de criptomoedas que não são compatíveis nativamente com o Bitcoin.

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A Coinbase lançou sua própria versão de Wrapped Bitcoin em setembro, chamada Coinbase Wrapped BTC, ou cbBTC. Então, no mês passado, a exchange deslistou o WBTC, alegando que ele não atendia aos padrões de listagem da plataforma.

A BiT Global alegou na sexta-feira que essa foi uma prática comercial injusta. “Depois de decidir copiar o WBTC com seu próprio produto, a Coinbase recorreu a táticas injustas e enganosas que há muito tempo são usadas por gigantes da tecnologia para esmagar sua concorrência”, acrescentou o processo da BiT Global.

A custodiante de criptomoedas também afirmou no processo que a circulação do WBTC caiu 5% em duas semanas após o anúncio da remoção, alegando que isso era mais uma evidência de que a Coinbase “cobiçava a fatia de mercado do WBTC e queria isso para si”.

Em agosto, antes do lançamento do cbBTC, especialistas do setor disseram ao Decrypt que o token tinha potencial para dominar o mercado de criptomoedas.

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O WBTC já havia atraído controvérsia no mundo das criptomoedas quando a BitGo — que também custodiam o WBTC — anunciou sua parceria com a BiT Global para ajudar na custódia do token. Alguns membros da indústria de finanças descentralizadas apontaram que o envolvimento de Justin Sun com a BiT Global apresentava “um nível inaceitável de risco”. Sun é o magnata das criptomoedas por trás da rede Tron.

A MakerDAO, que emite a stablecoin DAI, destacou que a TUSD — outra stablecoin — se tornou menos transparente sob o envolvimento de Sun.

A Coinbase declarou ao Decrypt, em um comunicado por e-mail, que está “comprometida em manter a alta integridade dos nossos padrões de listagem e avaliamos regularmente os ativos listados em nossa plataforma.”

A BiT Global não respondeu imediatamente às perguntas enviadas por e-mail pelo Decrypt.

*Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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