O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio de eventuais criptomoedas que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) possa ter. A parlamentar está foragida do Brasil após ter sido condenada a dez anos de prisão pelo STF por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A decisão do ministro foi de um bloqueio total do acesso de Zambelli aos seus recursos: foi determinado que instituições financeiras bloqueiem todas as contas bancárias, além de ações e qualquer tipo de aplicações financeiras e também de bens físicos como carros, imóveis e aeronaves.
Na quarta-feira (4), o ministro do Supremo Tribunal Federal decretou a prisão da deputada Carla Zambelli, que anunciou ter deixado o país.
Moraes determinou ainda o bloqueio dos passaportes (inclusive o diplomático) e do salário de deputada e de qualquer outra verba de gabinete paga pela Câmara. Os recursos serão destinados ao pagamento das multas impostas pela condenação por invasão ao sistema eletrônico do CNJ.
Zambelli deu entrevista na terça-feira (3) ao canal AuriVerde, no YouTube, e disse que está na Europa por ter cidadania italiana e que não pretende voltar ao Brasil por conta da condenação do STF.
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“Eu poderia ir para a prisão, esperar [passar] um tempo e continuar no meu país. Me entregar para a Justiça. Mas que Justiça é essa que prende a Débora por 14 anos e que quer me prender por 15 anos?”, questionou, referindo-se à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, condenada pela Primeira Turma do STF por participar dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, durante os quais incorreu em cinco crimes – abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
Zambelli invadiu o sistema do CNJ com o auxílio do hacker Walter Delgatti, que foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão no mesmo processo.
A deputada também responde a outro processo criminal no STF, no qual figura como ré por ter sacado uma arma de fogo em plena luz do dia e, junto com seguranças e assessores, ter perseguido o jornalista Luan Araújo. O episódio ocorreu às vésperas do segundo turno das eleições de 2022, e foi citado pela parlamentar durante a live desta manhã.
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