Imagem da matéria: Ações da Méliuz disparam 27% após investimento estratégico no Bitcoin
Michael Saylor da Strategy (esquerda) e Israel Salmen da Méliuz (direita) Foto: Reprodução/X

A fintech brasileira Méliuz se autodenominou a primeira empresa da América do Sul com tesouraria em Bitcoin após investir mais de R$ 161 milhões na criptomoeda.

A empresa, conhecida nacionalmente por oferecer cupons de cashback e negociada na bolsa de valores do Brasil (B3: CASH3), anunciou pela primeira vez seus planos de comprar Bitcoin em março, o que fez suas ações dispararem.

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E hoje (16), após divulgar a compra de 274,52 BTC por US$ 28,4 milhões — a um preço médio de US$ 101.703 por unidade —, suas ações dispararam ainda mais, chegando a registrar alta de 27%, para ser negociada a R$ 10,63 às 17h desta sexta.

“Em vez de simplesmente alocar parte de seu caixa em Bitcoin como proteção contra a inflação ou desvalorização cambial, a empresa reposicionou seu propósito para atuar maximizando a quantidade de Bitcoin por ação”, disse a companhia em comunicado.

Ray Nasser, chefe da divisão latino-americana da empresa de negociação BlockFills, afirmou ao site Decrypt que a Méliuz está copiando a Strategy (antiga MicroStrategy) como forma de entregar mais valor aos acionistas.

A Méliuz abriu capital em 2020, mas enfrentou dificuldades — como muitas outras empresas brasileiras — diante das altas taxas de juros no país.

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“A empresa perdeu relevância ao longo dos anos, e o preço das ações caiu”, disse ele. “Apesar de ter se recuperado em 2024, agora está fazendo o que a Strategy faz: surfando o hype. O Bitcoin é uma excelente reserva. Tem alguma ligação com o core business da empresa, mas não totalmente.”

Ele acrescentou: “Isso é um desvio em relação ao seu negócio principal, mas suas ações estão aproveitando o hype e colhendo os benefícios. Está funcionando para eles.”

Empresas com tesouraria em Bitcoin são aquelas que compram a criptomoeda e permitem que investidores tenham exposição ao seu preço por meio da compra de ações dessas companhias.

A empresa americana de software Strategy começou a adquirir Bitcoin em 2020 e desde então acelerou as compras à medida que o preço de suas ações disparou.

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Diversas outras empresas listadas na Nasdaq estão seguindo o mesmo caminho, alterando seus modelos de negócios para focar na acumulação de Bitcoin.

O Brasil, maior economia da América Latina, é também o maior mercado de ativos digitais da região e o país com a maior quantidade de ETFs de criptomoedas.

Leia também: “Bitcoin pode salvar a humanidade”, diz fundador da 1ª empresa da B3 a investir em cripto

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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