Imagem da matéria: FMI quer coordenação global para regular criptomoedas
Foto: Shutterstock

O Fundo Monetário Internacional (ou FMI, na sigla em português) alertou sobre riscos “sistêmicos” de estabilidade financeira do crescente setor cripto e pediu por regulações globais “amplas, consistentes e coordenadas” da indústria.

Em uma publicação, Tobias Adrian, Dong He e Aditya Narain, do FMI, argumentaram que “amplos padrões internacionais” podem abordar os riscos apresentados ao sistema financeiro das criptomoedas enquanto pediram por um “ambiente que permita úteis produtos e aplicações de criptoativos”.

Publicidade

Fornecedores de serviços cripto, como corretoras, devem ser licenciadas ou autorizadas, argumentaram os autores da publicação, enquanto deve ser feita uma distinção entre serviços e produtos de investimento versus aqueles focados em pagamentos, pois investimentos são supervisionados pela reguladora de valores mobiliários e pagamentos são supervisionados pelo “banco central ou pela autoridade de supervisão de pagamentos”.

Por fim, instituições financeiras com exposição a cripto devem aderir a “requisitos transparentes”, incluindo limites de exposição, adequabilidade a investidores e avaliações de risco.

Os autores da publicação destacaram riscos, incluindo a “criptonização” de mercados emergentes e economias em desenvolvimento onde criptomoedas “substituem moedas nacionais e evitem restrições de corretoras e medidas de gestão de capital”.

O FMI também falou sobre a liquidação cripto após relatos da nova variante da covid-19 ômicron, argumentando que a capitalização de US$ 2,5 trilhões do mercado cripto pode refletir “problemas em um ambiente de valorações alongadas”.

Publicidade

Uma estratégia global

O FMI destacou os desafios apresentados pelo “âmbito intersetores e internacional” de cripto e as diferentes estratégias na classe de ativos adotadas por distintos países.

“Muitos fornecedores de serviços cripto operam além de fronteiras, tornando a tarefa de supervisão e fiscalização mais difícil”, explicaram.

Reguladores ao redor do mundo impulsionaram seu foco em criptomoedas ao longo do último ano.

Em novembro, o Federal Reserve dos EUA, a Corporação Federal de Seguros de Depósito dos EUA (ou FDIC) e o Escritório de Controladoria da Moeda (ou OCC) publicaram uma declaração em conjunto estabelecendo uma agenda ambiciosa de cripto, considerando questões como a emissão de stablecoin por bancos.

Logo em seguida, o OCC publicou uma carta para instruir bancos que precisam demonstrar controles adequados antes de interagirem com atividades relacionadas a cripto.

No Reino Unido, a Autoridade de Conduta Financeira (ou FCA) investiu US$ 670 mil em treinamento de equipes para identificar usos criminosos de cripto.

Publicidade

No Japão, a Autoridade de Serviços Financeiros (ou FSA) anunciou planos de limitar a emissão de stablecoins a bancos e empresas de transferência bancária em 2022.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: Trump escolhe defensor do Bitcoin para liderar comércio nos EUA

Trump escolhe defensor do Bitcoin para liderar comércio nos EUA

Howard Lutnick é um grande defensor do Bitcoin e sua empresa, Cantor Fitzgerald, é a principal custodiante da Tether
Imagem da matéria: Super Doginals: Conheça novo jogo de brawler inspirado na Dogecoin

Super Doginals: Conheça novo jogo de brawler inspirado na Dogecoin

O jogo de luta com tema de Dogecoin é bem feito — e oferece uma pausa bem-vinda na loucura do mercado de criptomoedas
Imagem da matéria: Primeiro dia da Satsconf mostra cases de uso e ambiente otimista com Bitcoin 

Primeiro dia da Satsconf mostra cases de uso e ambiente otimista com Bitcoin 

Evento Bitcoiner traz diversidade de assuntos em diferentes palcos
Imagem da matéria: As 4 empresas pioneiras em aceitar Bitcoin como forma de pagamento

As 4 empresas pioneiras em aceitar Bitcoin como forma de pagamento

Após introduzir criptomoedas na Overstock em 2014, o diretor Jonathan Johnson afirmou ser “loucura” que varejistas não aceitem Bitcoin como forma de pagamento