O norte-americano Idan Abada viralizou no TikTok com um vídeo em que aparece “roubando” energia do Starbucks para minerar bitcoin com um equipamento portátil que ele mesmo criou.
A estratégia para economizar com os custos de energia chamou a atenção da comunidade e o vídeo já possui mais de 2,7 milhões de visualizações na rede social.
Conforme ele contou à CNBC, é possível minerar a criptomoeda em qualquer lugar porque o rig de mineração cabe na palma da mão.
“É um dos mineradores mais fáceis de configurar e operar, porque tudo que você precisa é de um computador ou laptop”, disse ao site.
O equipamento chamado ‘NewPac’ é composto por um hub USB que suporta dez pen drives, cada um deles contendo dois chips ASIC de mineração fabricados pela Bitmain, além de um mini ventilador embutido para resfriar a máquina.
Ele disse que os chips utilizados foram reaproveitados pela empresa GekkoScience, responsável por montar os pen drives, de uma mineradora chinesa que fechou as portas.
Abada estima que gastou em média US$ 875 (R$ 4,4 mil) para construir o equipamento que consegue gerar 0,0002478 bitcoin por mês, cerca de US$ 9,35 (R$ 47). Como ele faz parte de um pool de mineração, é preciso pagar ainda uma taxa adicional de 5% sobre o valor.
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Lucro zero
Qualquer lucro com a mineração evapora por causa da região onde Idan Abada mora. Em San Fernando Valley, Los Angeles, o custo da energia é de US$ 0,22 por quilowatt-hora. Caso o minerador deixe a máquina ligada 24 horas por dia, ele pagará no final do mês US$ 15,84 de eletricidade, de tal forma que utilizar o rig de mineração acaba dando um prejuízo mensal de US$ 5,88.
Usar a eletricidade gratuita de lugares como a famosa franquia de cafés parece ser a única saída para ter algum ganho com a pequena máquina. “É realmente difícil lucrar com isso, a menos que você tenha eletricidade de graça”, admite o fabricante.
Apesar da baixa lucratividade, Abada diz que por ser pequeno, portátil e silencioso, o rig pode ser uma opção para pessoas comuns que tenham vontade de minerar por diversão.
“Todos podem se tornar mineradores e fazer parte do mundo cripto. Já com equipamentos industriais, você precisa de um depósito, de linhas de energia, de refrigeração, tudo isso”, explica.
O minerador disse que durante o boom das criptomoedas em 2017, ele abriu a sua própria loja de equipamentos onde ele vende produtos personalizados criados por ele, como o rig de mineração que viralizou no TikTok.
E apesar da grande quantidade de energia que esses equipamentos consomem, existe interesse no mercado. Abada diz que as vendas aumentaram 355% desde o ano passado, sendo o minerador portátil o item mais vendido.