Apenas 13% da oferta total de Bitcoin (BTC) está armazenada nas exchanges, de acordo com um estudo realizado pela Kraken. Essa é a menor quantidade da criptomoeda em custódia das corretoras em pouco mais de três anos. O movimento de retirada de BTC das exchanges coincide com a alta no preço do Bitcoin.
Há uma correlação direta entre o preço do ativo e o volume que fica disponível nas corretoras. Quando o preço do bitcoin sobe, é comum que ele seja drenado dessas empresas. Entre 2017 e 2018, o bitcoin disparou e atingiu quase US$ 20 mil. Naquela época, houve uma saída ainda mais intensa de moedas das corretoras.
Depois, quando o preço da criptomoeda começou a cair, ela voltou a ser acumulada nas exchanges. A tendência se inverteu apenas em 2020, quando o criptoativo voltou a subir de forma intensa.
Bitcoin flui das exchanges desde 2020
A informação da Kraken coincide com a informação da CryptoQuant; seus estudos mostram uma queda nas reservas das exchanges, durante os últimos meses. O fluxo foi negativo, de modo geral, em 2020. Porém, ao final do ano, a saída se intensificou, ao mesmo tempo em que o preço do bitcoin subia.
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Durante o início de 2021, a retirada de bitcoin continuou. O pico ocorreu em 2 de janeiro, quando o preço da moeda chegou ao recorde, naquele momento, de US$ 32,2 mil. A valorização provocou a saída de US$ 112 milhões em BTC das corretoras naquele dia, segundo a CryptoQuant. Atualmente, as reservas totais de bitcoin nas exchanges giram em torno dos US$ 2,35 bilhões.
Entre as razões que podem justificar o fenômeno, está o aumento do interesse do mercado pelo bitcoin. O preço da moeda passou dos US$ 56 mil fazendo com que parte dos investidores fique otimista em relação a uma subida de preços ainda mais significativa.
Também é possível que os investidores estejam receosos de deixar o seu dinheiro nas corretoras. Quando há muita demanda de moedas, é comum que as plataformas grandes, como a Binance e a Coinbase, apresentem instabilidades e queda de serviços.