A jornalista e youtuber Nathalia Arcuri, dona do canal ‘Me Poupe!’ no Youtube, fez um podcast sobre blockchain e criptomoedas com dicas de segurança de Liliane Tie, especialista no setor.
O programa, que foi a ar no último dia 24, é parte de sua apresentação semanal no ‘Me Poupe 89’, da Rádio Rock 89 FM. No ‘PoupeCast’, a apresentadora dá dicas sobre economia, seu carro-chefe nas redes sociais.
Contudo, desta vez, com a ajuda de Tie, Nathalia Arcuri se propôs a ajudar as pessoas a não caírem em golpes com criptomoedas. Formada em Ciências da Computação, a especialista em blockchain é Community Builder da rede Women In Blockchain Brasil.
Segundo a apresentadora, Tie tem feito um grande trabalho de informação para o público feminino.
O que são as criptomoedas
Geralmente, o bom humor não fica de fora dos programas da Rádio Rock; nos da Nathalia também. Neste posdcast não foi diferente. Antes de apresentar Tie, ela soltou um famoso meme.
“Afinal de contas, o que são criptomoedas? Do que vivem? Como se alimentam? Como se reproduzem?”.
Sorrindo da brincadeira, Tie acabou sendo apresentada antes do combinado e foi logo para a conversa. Ela, que é descendente de japonês, disse que alguns usuários da comunidade lhe perguntam se é filha do Satoshi Nakamoto, criador do Bitcoin.
No decorrer do programa, Tie, Nathalia e locutores Yuri Danka e Cadu Previero, comentaram sobre a escalada no número de golpes financeiros envolvendo criptomoedas durante a pandemia e responderam perguntas dos ouvintes.
Para tantos casos, o discurso em comum entre os participantes foi pouco acesso a informação, o que torna a população mais vulnerável. Tie, inclusive, citou relatos de mulheres da comunidade Women In Blockchain que caíram nesses golpes.
“Ainda é um mistério para as pessoas”, disse Tie.
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Nathalia Arcuri: “mundo nebuloso”
Concordando com Tie, Nathalia reforçou:
“Quanto mais nebuloso é esse mundo pra gente, mais exposto a golpes a gente fica. Tem muito golpista se aproveitando da nossa ignorância”.
Nathalia explicou sobre o Bitcoin, falou sobre seu alto valor e sua característica de divisão em frações, fazendo uma analogia com as ações na Bolsa, que também podem ser fracionadas. Tie explicou o blockchain.
Pesquisar é fundamental
Com o crescimento do mercado cresceram empresas fraudulentas. Coma falta de informação cresceram os golpe. “Antes de fazer qualquer coisa a pessoa tem que consultar a empresa”, disse Tie, indicando o site da CVM como a principal fonte.
Respondendo a uma pergunta de um ouvinte, caso a corretora seja de fora do Brasil, o usuário deve estar atento se a empresa pede KYC, que é a confirmação de identidade. Outro ponto, verificar se a empresa possui uma política de antilavagem de dinheiro (AML).
Na dúvida, disse Tie, o investidor pode acessar o site do ‘Blockchain Transparency Institute’ (bti.live), onde há uma lista de exchanges confiáveis. Além disso, é importante verificar se há transparência na empresa e se ela possui programa de compliance.
Desconfie de robôs
O certo, segundo Tie, é comprar na corretora e fazer logo o saque, para uma carteira física. Para manter as criptomoedas seguras, usar senhas fortes e a verificação em duas etapas.
Outras dicas, é não clicar em links que chegam por emails e também ter cuidado ao baixar um aplicativo — ‘para isso, o correto é ir pelo link indicado no site oficial da empresa’, comentou.
Ao final, Tie disse para as pessoas tomarem cuidado com ofertas de rendimento milagroso e que usam o termo ‘robô’, geralmente usado como isca pelos golpistas para roubarem dinheiro ou bitcoin.