A Polícia Civil de Porto Alegre (RS) encontrou um centro de mineração de bitcoin no Morro da Embratel, que fica no bairro Glória, zona leste da cidade. O local foi descoberto na terça-feira (23) durante uma ação de combate ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro no Bairro Cascata.
Segundo o G1, a polícia abriu uma investigação para apurar se a receita oriunda dos equipamentos é usada no tráfico de entorpecentes. No entanto, a reportagem afirma que as “moedas virtuais eram usadas para pagar fornecedores e lavar dinheiro.”
De acordo com o site, um homem que fazia a segurança do local foi preso em flagrante. Com ele, foi encontrada uma arma de fogo com numeração raspada. A polícia ainda apreendeu uma motocicleta cuja placa era clonada.
Fora isso, na estrutura do local, a polícia identificou furto de energia elétrica usada para alimentar os equipamentos de mineração e outro homem também foi preso.
Ele havia se apresentado como proprietário do local e negou ter conhecimento dos equipamentos, que a polícia estimou valer cerca de R$ 150 mil.
Em nota, o site da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul disse que os delegados que participaram da ação estimaram que a atividade de mineração ali realizada poderia movimentar em torno de R$ 500 mil.
Valor de equipamento e lucro é menor
O Portal do Bitcoin consultou o especialista Allex Ferreira, que teve uma fazenda de mineração de bitcoin na China, para analisar as imagens.
Ferreira disse que, de acordo com os equipamentos, o responsável deve estar ganhando apenas o suficiente para pagar taxas nas exchanges.
“O que tem de máquina não deve valer mais de R$ 20 mil. O faturamento não deve ser mais de R$ 2 mil”, disse.
Suspeito era monitorado
O delegado Thiago Benneman revelou que o suspeito já era monitorado pela polícia. Ele disse, também, que este foi o primeiro caso do tipo no Estado.
Conforme reportado, antes, o delegado Adriano Nonnemacher já havia alertado que a suspeita era de que os valores gerados na mineração de bitcoin possivelmente eram usados para pagar fornecedores de drogas e armas, inclusive fora do país.
Os equipamentos foram apreendidos para a perícia de informática junto ao Instituto Geral de Perícias, que também participou da ação, segundo o site da Polícia.
A polícia agora trabalha para identificar outras pessoas envolvidas na criação do “laboratório” a fim de identificar possíveis crimes.
O primeiro passo já foi dado: o homem preso que cuidava do local tem antecedentes por tráfico e homicídio de um policial militar.
Caso semelhante em São Paulo
No mês passado, a Força Tática da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) recebeu uma denúncia anônima e localizou uma mineradora de bitcoin que supostamente pertencia a membros do PCC, uma das maiores facções criminosas do país.
Segundo a denúncia anotada pela PM, a mineradora era usada por membros da organização para lavar dinheiro oriundo de atividades ilícitas.
A polícia seguiu ao local, cercaram a residência e invadiram — as portas estavam fechadas, mas não trancadas, o que facilitou a entrada dos policiais. Não havia ninguém na residência.
A polícia recolheu, então, todos os equipamentos e os levou para o 47º Departamento de Polícia de Capão Redondo, bairro da Zona Sul de São Paulo.
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