Um homem da Califórnia foi condenado por seu envolvimento no uso de Bitcoin para lavar dinheiro proveniente da venda de MDMA na dark web.
John Khuu, de 29 anos, residente de San Francisco, Califórnia, foi sentenciado a 87 meses de prisão federal após se declarar culpado de conspiração para cometer lavagem de dinheiro e conspiração para operar um negócio de transmissão de dinheiro não licenciado.
De acordo com a polícia do Texas, a operação de Khuu importava MDMA da Alemanha e a vendia em vários mercados da dark web, aceitando pagamentos em Bitcoin. Em seguida, Khuu supostamente trocava os Bitcoins armazenados em contas de vendedores por moeda americana, lavando o dinheiro sujo por meio de “centenas de transações e dezenas de contas financeiras”. Ele também foi indiciado separadamente no Distrito Norte da Califórnia e acusado de importação ilegal de uma substância controlada da Classe I.
A prisão do homem ocorreu no âmbito da Operação Crypto Runner, uma investigação conjunta de vários anos conduzida pelo Departamento de Justiça dos EUA (DOJ), pelo Serviço Secreto dos EUA (USSS) e pelo Serviço de Inspeção Postal (PIS), anunciada em novembro de 2022.
A operação levou à prisão de 21 pessoas em 2022 por atuarem como “mulas de dinheiro” e ajudarem a lavar os lucros de diversos golpes com criptomoedas, incluindo esquemas envolvendo imóveis, e-mails fraudulentos e fraudes românticas. No mês passado, um homem de Montana também foi condenado por lavagem de dinheiro com criptomoedas como parte da repressão das agências federais.
Repressão à lavagem de dinheiro com criptomoedas
Não é surpresa que o governo federal esteja adotando uma abordagem abrangente para combater a lavagem de dinheiro com Bitcoin. A empresa de análise blockchain Chainalysis estima que 2024 tenha sido o maior ano da história em termos de dinheiro lavado por meio de criptomoedas, ultrapassando US$ 40 bilhões e superando o recorde anterior de 2023.
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A empresa acredita que esse número seria ainda maior se incluísse dinheiro proveniente do tráfico de drogas, mas ressalta que é mais difícil rastrear os lucros de crimes que ocorrem “fora da blockchain” e se originam no mundo real.
Uma avaliação de risco do Tesouro dos EUA em 2024 constatou que, embora os métodos tradicionais de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas ainda sejam predominantes, o uso de criptomoedas para esse fim está aumentando tanto em popularidade quanto em sofisticação.
Muitas dessas operações de lavagem de dinheiro com criptomoedas têm um escopo cada vez mais internacional. A mais recente Avaliação Nacional da Ameaça das Drogas da DEA revelou que cartéis mexicanos que operam nos EUA mantêm “parcerias mutuamente lucrativas com organizações de lavagem de dinheiro baseadas na China para lavar o dinheiro do tráfico de drogas e estão cada vez mais usando criptomoedas”.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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