moeda de bitcoin em luz vermelha
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As criptomoedas entraram em forte queda na noite de segunda-feira (24) e estendem as perdas para a manhã desta terça (25) à medida que o Bitcoin cai 8% e atinge sua menor cotação desde novembro do ano passado, de US$ 87.289.

Em reais, a criptomoeda líder do mercado recua para R$ 512.285, segundo dados do Portal do Bitcoin.

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As altcoins registram um desempenho ainda pior que o Bitcoin, com várias no top 10 marcando quedas de dois dígitos, incluindo Ethereum (-10,3%), XRP (-12,6%), Solana (-12,8%), Dogecoin (-11,8%) e Cardano (-11,3%).

As quedas se intensificaram quando uma onda de liquidações atingiu o mercado cripto em cheio, deixando no prejuízo investidores que apostavam nas altas das criptomoedas.

Dos US$ 1,4 bilhão liquidados do mercado nas últimas 24 horas, a maioria (US$ 1,3 bi) representava posições compradas — que apostam que um ativo vai subir — contra apenas US$ 114 mil em posições vendidas, segundo dados do CoinGlass

As liquidações acontecem quando a posição de um trader é encerrada automaticamente devido à falta de fundos para mantê-la. Isso geralmente ocorre por conta de um movimento significativo de preços em uma direção específica, que consome a margem inicial ou a garantia do trader.

Por que o Bitcoin está em queda?

O mercado cripto passa por dias de tensão após ser atingido pelo maior hack da sua história, quando a Bybit perdeu R$ 8 bilhões em criptomoedas no ataque da última sexta-feira. 

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As quedas iniciadas na segunda-feira, no entanto, foram impulsionadas por fatores macroeconômicos que abalam a confiança dos investidores no mercado financeiro e mantêm vivas as preocupações com a inflação.

O rali impulsionado pela eleição de Donald Trump à Casa Branca se reverte diante do peso de suas tarifas comerciais. O presidente dos EUA disse na segunda-feira (24) que as tarifas de 25% a Canadá e México, anunciadas no início de fevereiro e que ficaram suspensas por um mês, “seguem adiante”.

“A queda no preço do Bitcoin provavelmente está relacionada à incerteza macroeconômica mais ampla, que afetou a maioria dos mercados financeiros nos últimos dias, e está ligada às várias tarifas anunciadas pelo presidente Trump”, disse à Bloomberg Adrian Przelozny, CEO da exchange Independent Reserve.

O efeito disso não foi sentido apenas no mercado cripto. Os futuros da Nasdaq apontaram para perdas contínuas em ações de tecnologia e a força do iene japonês gerou temores de uma aversão ao risco semelhante à de agosto, apontou o CoinDesk.

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