Dezembro é tradicionalmente um mês em que o mercado de criptomoedas se mantém aquecido, impulsionado pelo desempenho positivo do Bitcoin nos meses anteriores. O BTC encerrou novembro cotado a US$ 96,1 mil, após renovar seu recorde histórico várias vezes ao longo do mês, chegando perto de alcançar a marca de US$ 100 mil.
Enquanto o Bitcoin segue consolidando seu preço, as altcoins estão em alta, com destaque para BNB, XRP e TRON nesses últimos dias.
Mas, além desses tokens, existem outras possibilidades de crescimento. O Portal do Bitcoin consultou três especialistas para saber quais são as criptomoedas com indicadores mais fortes para um bom desempenho no último mês do ano; veja o resultado, seguindo a ordem por valor de mercado de cada ativo.
Bitcoin (BTC) — mercado de US$ 1,8 trilhão
“Máxima histórica atrás de máxima histórica faz do Bitcoin um grande candidato para observar”, disse Beto Fernandes, analista da Foxbit. Segundo ele, o Bitcoin segue com uma demanda muito intensa, acumulando mais de US$ 10 bilhões via ETFs só nas últimas seis semanas.
Outro ponto citado pelo analista é a acumulação de BTC tanto pelas baleias quanto pelo varejo, enquanto a especulação começa a tentar ganhar corpo. Além disso, ressalta, com a aproximação da troca de governo nos Estados Unidos e as perspectivas de um ambiente regulatório mais flexível, o BTC tem bons fundamentos para continuar sua alta.
Fernandes cita também um tema importante para todos os mercados, que são as taxas de juros americanas. “O que pode pesar contra é o fato de que o Federal Reserve pode dar uma pausa no corte de juros. Assim, os investidores poderiam ficar menos animados com o risco e se afastar momentaneamente do Bitcoin”.
XRP — US$ 136,3 bilhões
Ao destacar o XRP, o token nativo da rede criada pela Ripple, Fernandes disse que houve muitas especulações em torno do ativo, explicando que “de um lado isso pode ser bom, já que aumenta a volatilidade do token, mas também torna o risco sobre a moeda igualmente maior”.
“O que temos visto é que há um otimismo sobre um possível ETF de XRP a partir do ano que vem. Esse sentimento acompanha os rumores de que o CEO da Ripple Labs se reuniu com o presidente recém-eleito Donald Trump. Apesar de este evento ter ‘pego mal’, parte do mercado usou estes fatores para especular, e isso pode aumentar ainda mais, conforme a troca de governo se aproxima”.
Solana (SOL) — US$ 107,7 bilhões
Para Pedro Gutiérrez, diretor Latam da CoinEx, Solana se tornou a escolha favorita de desenvolvedores de dApps, NFTs e soluções DeFi, portanto ganha destaque em setores como jogos, finanças e entretenimento.
“Avanços recentes em interoperabilidade e experiência do usuário reforçam sua posição de liderança no mercado”, disse o analista, ressaltando que a “arquitetura única da Solana a torna uma plataforma preparada para a adoção em massa”.
“A Solana é uma das criptomoedas do último ciclo mais próximas de renovar sua máxima histórica, com exceção do Bitcoin. Isso, por si só, já é um fator de interesse pelo mercado”, acrescentou Fernandes, ressaltando que uma das grandes vantagens recentes é que a rede SUI, considerada uma “Solana Killer”, apresentou sua primeira falha significativa, paralisando as transações por cerca de duas horas.
“Este é o mesmo problema que a própria Solana registrou nos últimos anos, o que afetou negativamente o preço do token SOL. Com o jogo ‘inverso’ neste momento, a busca pela Solana pode aumentar, em detrimento da queda de SUI”.
Cardano (ADA) — US$ 41,5 bilhões
Para Gutiérrez, as atualizações contínuas, como a expansão da plataforma de contratos inteligentes Plutus V3, tornam Cardano ainda mais atraente para desenvolvedores. “Essa evolução consolida sua posição como uma solução confiável e sustentável, alinhada às demandas crescentes do mercado.”
Chainlink (LINK) — US$ 15,3 bilhões
Gutiérrez destacou a Chainlink por sua consolidação como principal solução para conectar blockchains a dados do mundo real, além de fornecer estruturas para plataformas de empréstimos, seguros e derivativos descentralizados.
Destacou também a recente parceria da Chainlink com o Banco Central, integrando a rede ao sistema de pagamentos Pix para explorar soluções em blockchain em escala institucional. “Essa colaboração reforça o papel da Chainlink como ponte entre a tecnologia blockchain e sistemas financeiros tradicionais”.
Stellar (XLM) — US$ 14,5 bilhões
A criptomoeda se destaca ao promover a inclusão financeira, principalmente em mercados emergentes e regiões subatendidas, disse Gutiérrez, ressaltando o foco em transações rápidas e de baixo custo.
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“Suas parcerias estratégicas com instituições financeiras destacam seu papel em conectar economias globais. Ao viabilizar transferências de valor de forma acessível e eficiente, a Stellar avança em sua missão de construir um sistema financeiro mais inclusivo.”
Para Fernandes, o XLM é outro token que está com alta especulação devido ao ex-cofundador da Ripple Labs ser também fundador da XLM. Portanto, explicou ele, os tokens acabam andando de forma parecida dentro do mercado.
“Seguindo os rumores da aproximação da XRP com Donald Trump, o mercado entendeu este movimento como um gatilho que a Stellar também pudesse apresentar ganhos, como visto nas últimas semanas. Por isso, vale a pena ficar de olho no curto prazo, mas sempre entendendo que este tipo de narrativa aumenta os riscos”.
Near protocol (NEAR) — US$ 8,8 bilhões
De acordo com André Franco, head de research do Mercado Bitcoin (MB), o NEAR é atualmente o maior criptoativo, em capitalização de mercado, com tese diretamente vinculada ao segmento de inteligência artificial (IA). Nesse sentido, o projeto tem feito importantes avanços nessa direção, sobretudo em suas recentes ações visando facilitar a integração de agentes de IA em sua rede, e por conseguinte buscando conexões que resultem na utilização dessa tecnologia para aplicações práticas.
“Dessa maneira, as parcerias da rede com a plataforma Infinex e com a Frax Finance reforçam esse comprometimento. Além disso, a rede vem demonstrando métricas on-chain positivas, principalmente nos indicadores associados à atividade da rede”, concluiu Franco.
Stacks (STX) — US$ 3,7 bilhões
Com a narrativa de redes de segunda camada do Bitcoin em alta neste ciclo, a Stacks permanece no radar, disse Fernandes. Segundo ele, apesar de o token ainda estar brigando em uma faixa de preços, o projeto está se comportando de forma bastante consistente.
“Recentemente, o protocolo anunciou o lançamento de um token sBTC, que deve ter paridade de 1:1 com o Bitcoin, o que facilitaria sua utilização em aplicativos de DeFi. Para auxiliar neste processo e garantir que a moeda possa se movimentar sem problemas para dentro e fora da Stacks, eles estão se apoiando em empresas de segurança, que já ajudaram a Solana e a Cosmos no passado”.
Virtuals Protocol (VIRTUAL) — US$ 1,5 bilhão
Para Franco, o Virtuals Protocol é um projeto que vem conseguindo capturar com sucesso a atenção dos investidores em relação ao segmento de agentes de Inteligência Artificial. Segundo ele, esse aumento de interesse fica claro ao buscar o próprio termo “AI Agent” na ferramenta Google Trends.
“Dito isso, a proposta de Virtuals é ser um espaço, uma espécie de marketplace, para viabilizar a criação de novos agentes de IA. Portanto, quanto mais usuários estiverem interessados em criarem seus próprios agentes, ao mesmo passo que a especulação em torno dos agentes criados na plataforma aumente, é natural que VIRTUAL siga apresentando uma performance expressiva”, disse o especialista.
Pendle (PENDLE) — US$1,08 bilhão
Também na lista de Franco, Pendle é descrito como “um projeto atuante em um segmento ainda pouco explorado no meio das finanças descentralizadas (DeFi), porém já muito consolidado e extenso no mercado tradicional, sendo justamente o mercado de negociação de rendimentos futuros”.
Dessa forma, o Pendle utiliza da tecnologia da tokenização para viabilizar sua atuação nesse mercado no meio DeFi, se beneficiando muito de momentos dos quais os airdrops se intensificam. Desse modo, é esperado que os ecossistemas em expansão voltem a registrar um maior número de airdrops, sendo o ambiente da rede de segunda camada Base um dos mais promissores nesse aspecto.
“Nesse viés, Pendle mostrou estar atenta às tendências de mercado e já conseguiu entrar em operação na Base, reforçando a confiança de que PENDLE tende a performar muito bem em breve”.
Dog Go To The Moon (DOG) — US$ 674 milhões
Gutiérrez destacou também a memecoin DOG como parte de uma “revolução dos memecoins no Bitcoin”. Segundo ele, a DOG está transformando a percepção de memecoins ao adotar a robustez e segurança da rede Bitcoin.
Diferentemente dos memecoins tradicionais, que se apoiam no hype e no engajamento da comunidade, o DOG utiliza Runes, uma tecnologia inovadora que aprimora a criação e funcionalidade de ativos na blockchain do Bitcoin.
“Com uma comunidade vibrante de mais de 90 mil detentores ativos, o DOG aposta na descentralização e na justiça, alinhando-se aos princípios do Bitcoin. À medida que os memecoins evoluem de ativos puramente especulativos para projetos com casos de uso tangíveis, o DOG se destaca como um líder nesse segmento, conectando a base tecnológica do Bitcoin à cultura dos memecoins.”
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