O Bitcoin ainda não conseguiu romper a barreira de US$ 100 mil, entrando agora em correção após bater recordes de preço dia após dia na semana passada. Nesta terça-feira (26), o BTC recuou para abaixo de US$ 92 mil ao cair 5,8% nas últimas 24 horas.
As correções que culminaram na queda atual do Bitcoin, impedindo que a maior criptomoeda do mercado atingisse o marco de US$ 100 mil, também se devem às saídas líquidas, na segunda-feira (25), de US$ 438,3 milhões dos ETFs de Bitcoin à vista negociados nos EUA.
Isso coloca o fim a uma sequência de cinco dias de entradas líquidas que injetaram US$ 3,4 bilhões no mercado. A queda do Bitcoin também impactou os traders do mercado de futuros, que viram as liquidações chegarem a US$ 622 milhões nas últimas 24 horas, segundo dados da Coinglass.
“Esses recuos do Bitcoin já são esperados — a gente esperava algo mais próximo dos US$ 100 mil ou que nos US$ 100 tivesse um recuo, mas acabou acontecendo antes. É natural que esse recuo aconteça para o mercado dar uma respirada e depois voltar a subir”, disse ao Portal do Bitcoin, André Franco, head de research do Mercado Bitcoin (MB).
“Essa correção atual do Bitcoin, no entanto, já era esperada. Com a criptomoeda atingindo níveis históricos, é comum que parte dos traders realizem lucros sobre suas posições, como explicou o analista da Foxbit, Beto Fernandes.
“Enfim, parece que o Bitcoin está reagindo às quatro semanas consecutivas de ganhos fortes e começa a dar um sinal de realização de lucros, mesmo que a queda de quase 3% não seja algo tão agressivo ainda para o tamanho da subida. Mesmo assim, era algo já esperado, considerando que praticamente todos os investidores estavam apresentando lucros”, disse Fernandes.
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Além disso, destacou o analista, a macroeconomia está relativamente “calma” nesta semana. Com exceção da quarta-feira, quando será divulgado o índice de preços PCE, há poucos eventos relevantes no horizonte. “Isso é ainda mais evidente com o feriado de Ação de Graças nos EUA, que tende a reduzir drasticamente a liquidez dos mercados.”
Indicadores do Bitcoin
Alguns indicadores apresentados pelo site Coindesk sugerem uma possível queda do Bitcoin abaixo de US$ 90 mil. Conforme explica a publicação, a conversão de risco 25-delta ( 25-delta risk reversal), que mede a diferença de volatilidade entre opções de compra e venda, está negativa pela primeira vez em um mês, indicando maior procura por proteção contra quedas.
Traders experientes reforçam essa cautela, usando a estratégia ‘call spread’ que são opções de compra conhecidas como “trava de alta”. Além disso, as opções de compra para dezembro e janeiro, que antes tinham prêmios mais altos, agora apresentam menor vantagem em relação às opções de venda.
No curto prazo, o Bitcoin encontra suporte entre US$ 87 mil e US$ 88 mil, enquanto o Índice de Força Relativa (RSI) — que indica a força de um ativo, relativa ao seu momento atual, ao observar um período de tempo específico — aponta perda de força no impulso de alta. Apesar das quedas recentes, análises de longo prazo mantêm uma perspectiva otimista para o ativo.
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