A Dogecoin (DOGE) disparou para US$ 0,4398 nesta terça-feira (12), marcando seu maior preço em mais de três anos.
A memecoin inspirada no cachorro da raça Shiba Inu teve um aumento enorme de 143,2% na semana passada, superando significativamente o ganho de 28,2% do Bitcoin (BTC) durante o mesmo período, de acordo com dados da CoinGecko.
O rali segue a vitória eleitoral de Donald Trump, aumentando o otimismo para ativos especulativos como Dogecoin, enquanto os traders apostam em políticas pró-cripto. O desafio agora é para DOGE sustentar esse ímpeto enquanto atrai interesse institucional de longo prazo.
“Com o fim das eleições, a alta nos mercados de criptomoedas parece sustentável, impulsionado por sinais positivos dos EUA”, disse ao Decrypt Julien Auchecorne, chefe da Auros Ventures.
“No entanto, as incertezas permanecem, particularmente em torno das altcoins. Estamos observando de perto se elas continuarão atrás do Bitcoin ou se começarão a ter um desempenho superior, potencialmente atraindo o interesse do varejo”, acrescentou.
Elon Musk, o autoproclamado “Dogefather” (“pai da Doge”), gerou ainda mais burburinho no mês passado ao sugerir que, se nomeado por Trump, ele poderia liderar um “Departamento de Eficiência Governamental” (D.O.G.E) com a meta ambiciosa de cortar US$ 2 trilhões ou mais do orçamento federal.
O aceno para a sigla “DOGE” deixou os entusiastas da Dogecoin em frenesi, levando a moeda a novos patamares. O endosso de Musk — seja sério ou de brincadeira — frequentemente leva a picos no preço da memecoin.
Apesar da empolgação em torno da Dogecoin, Auchecorne aponta alguns desafios estruturais no mercado de altcoins.
“A estrutura dos lançamentos de altcoins está sob pressão, especialmente porque os incentivos institucionais ainda favorecem fortemente a redução de risco no lançamento e o redirecionamento de capital depois”, disse ele. “Os protocolos agora estão ajustando estratégias para reter a participação institucional pós-lançamento, adotando uma abordagem mais comedida para o FDV (Valor Totalmente Diluído) alvo.”
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Por exemplo, a Aptos — uma rede fundada por ex-funcionários da Meta — viu rápidas liquidações em 2022 de investidores institucionais iniciais após seu lançamento, causando declínios acentuados pós-lançamento. Em contraste, protocolos como o Arbitrum estão adotando lançamentos graduais de tokens para manter o engajamento institucional e atingir um crescimento mais estável.
No entanto, ainda há dúvidas sobre a sustentabilidade do rali da DOGE.
“À medida que essa dinâmica evolui, esperamos que os fluxos de capital sejam seletivamente atraídos para projetos que possam equilibrar de forma sustentável as necessidades institucionais com forte apelo de mercado”, observou Auchechorne.
Empresa mira reservas em Dogecoin
Em meio ao frenesi impulsionado pelo varejo, a Spirit Blockchain Capital, sediada no Canadá, disse que quer imitar o plano de acumulação de Bitcoin da MicroStrategy para construir grandes reservas de Dogecoin.
A abordagem da Spirit inclui o lançamento de produtos negociados em bolsa (ETPs) e plataformas de pagamento, buscando institucionalizar o caso de uso da Dogecoin além de suas origens como um meme.
Embora a Dogecoin permaneça abaixo de sua máxima histórica de US$ 0,73 batida em 2021, o aumento recente indica que ela está longe de perder seu apelo. A memecoin original agora é a sexta maior criptomoeda por capitalização de mercado, à frente da stablecoin USDC e XRP.
*Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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