Imagem da matéria: Criador de criptomoeda que homenageia Bolsonaro é condenado à prisão por terrorismo e pedofilia
(Foto: Reprodução/TV Globo)

Marcelo Valle Silveira Mello, que no final de 2017 criou a polêmica Bolsocoin, em homenagem a Jair Bolsonaro, foi condenado à 41 anos, seis meses e 20 dias de prisão por diversos crimes cometidos na internet, dentre eles racismo, terrorismo e a incitação para cometimento de crimes.

Além da pena restritiva de liberdade, Mello deve pagar R$ 1 milhão a título de indenização pelos danos que teria cometido a outrem e ainda foi condenado ao pagamento de 678 dias-multa (no valor de um décimo do salário mínimo vigente em dezembro de 2016), segundo informações do G1.

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A decisão saiu ontem (19) e foi proferida pelo juiz federal Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara da Justiça Federal de Curitiba. Mello que está preso desde maio desse ano não poderá recorrer em liberdade, uma vez que o seu pedido de Habeas Corpus foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A Bolsocoin

Marcelo Mello é um homem polêmico e isso não tem como negar. Sua inclinação neonazista e uma visão voltada para uma política de direita inflexível fez com que ele criasse uma criptomoeda para dar a poio as suas causas ligadas ao ódio as minorias.

A Bolsocoin foi resultado disso. A moeda criptografada foi criada no final do ano passado e o seu nome era na época uma homenagem ao então candidato à presidência da República Jair Bolsonaro. Um post no Bitcoin Talk no ano passado apresentou o projeto à comunidade de criptomoedas, que a rejeitou rapidamente.

A Bolsocoin era um fork do Litecoin. Segundo o site Metrópoles, era utilizada não como investimento, mas como meio de troca por cometimento de crimes como chantagem a partir da ameaça de divulgar dados pessoais, por meio da prática conhecida como doxing e da prática de Swatting, a qual consiste numa espécie de trote às forças de segurança.

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Pelo Swating, o criminoso aciona esses serviços de emergência com falsa notícia de ocorrência e move, por exemplo, a polícia à casa de pessoas sob a denúncia de cometimento de crime na residência delas. A finalidade é de tão somente causar constrangimento à vítima.

Atrás das grades

O recurso apresentado por Mello ao STJ era uma tentativa de reverter a decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que negou a suspensão de sua prisão preventiva por suspeita da “prática dos crimes de incitação ao crime e incitação à discriminação e ao preconceito de raça”, conforme consta na decisão do ministro relator do caso Ribeiro Dantas do STJ.

A prisão preventiva de Marcelo Mello se deu por meio da operação Bravata, após terem sido encontrados computadores, celulares e anotações que comprovam o seu envolvido em inúmeros crimes.

Além das práticas ilícitas mencionados na decisão do STJ, Mello ainda é suspeito por associação para o crime, divulgação de imagens de pedofilia, coação e terrorismo.

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Tudo isso só foi possível, entretanto, depois do juiz federal Marcos da Silva ter expedido oito mandados de busca e apreensão, que foram cumpridos em Curitiba e nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Recife (PE), Santa Maria (RS) e Vila Velha (ES).


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