“Money Electric: O Mistério do Bitcoin”, o mais recente documentário da HBO, foi exibido e chegou ao serviço de streaming Max na noite de terça-feira (8), prometendo desmascarar Satoshi Nakamoto, o enigmático criador do Bitcoin.
O documentário, dirigido por Cullen Hoback, explora as origens do Bitcoin e apresenta várias figuras dos primeiros dias de seu desenvolvimento, incluindo Adam Back, CEO da Blockstream.
Hoback acaba focando no desenvolvedor do Bitcoin Core, Peter Todd, apresentando uma série de pistas sugerindo que ele poderia ser o inventor evasivo da criptomoeda.
Principalmente, Hoback se concentra em um post de Todd em um fórum em resposta ao pseudônimo Satoshi, que o diretor acredita ser Todd continuando o pensamento de Satoshi — como se fosse a mesma pessoa usando várias contas.
Ele também destaca o estilo de escrita de Todd em relação a Satoshi, os esforços de Todd, ainda adolescente, para transformar o experimento Hashcash em uma moeda funcional, e o que foi descrito como um código C++ não profissional por trás do protocolo do Bitcoin. Finalmente, Hoback sugere que o pseudônimo Satoshi foi usado para que as pessoas levassem o Bitcoin a sério.
Mas, como em tentativas anteriores de desmascarar Satoshi, o filme não fornece provas definitivas, e os críticos descartaram a teoria como especulativa — baseada em suposições falhas.
“Cullen provavelmente tem uma teoria para isso”, disse Samson Mow, CEO da empresa de tecnologia Bitcoin JAN3 e ex-diretor de estratégia da Blockstream — que aparece no documentário — ao Decrypt. “Eu disse no documentário que provavelmente não é o Peter.”
Pouco antes de o documentário ir ao ar na terça-feira, Todd respondeu a um post da BitMex Research no Twitter (agora X), afirmando: “Eu não sou o Satoshi.”
Uma narrativa familiar
O documentário segue um caminho já trilhado em sua busca por Nakamoto, revisitando nomes há muito associados ao mistério, incluindo Back e o falecido Hal Finney, um criptógrafo e um dos primeiros a adotar o Bitcoin, conhecido por suas contribuições significativas ao desenvolvimento do Bitcoin.
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Apesar do alto valor de produção e entrevistas envolventes, “Money Electric” foi criticado por depender demais de evidências circunstanciais e viés de confirmação, ecoando o infame episódio de 2014 da Newsweek, que identificou erroneamente um homem não relacionado como Nakamoto.
E agora esse homem vai ter idiotas tentando extorqui-lo, como fizeram com Hal.
Cresce o ceticismo
O lançamento do documentário foi recebido com uma resposta morna da comunidade cripto, muitos dos quais estavam céticos em relação a qualquer alegação de revelar a verdadeira identidade de Satoshi.
Especulações anteriores sobre a identidade de Nakamoto às vezes levaram a volatilidade no mercado. A falta de evidências convincentes em “Money Electric” parece ter limitado qualquer reação deste tipo desta vez.
O Bitcoin permaneceu inalterado nas últimas 24 horas, sendo negociado a US$ 62.203, de acordo com dados do CoinGecko.
A identidade do criador do Bitcoin continua sendo um dos maiores mistérios das finanças modernas, e “Money Electric” provavelmente se juntará à lista de documentários que não conseguiram fornecer uma resposta conclusiva.
“Neste ponto, não importa quem é Satoshi”, disse Mow. “O Bitcoin cresceu além da necessidade de um criador.”
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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