Imagem da matéria: "Tether é um desastre à espera de acontecer", diz grupo de defesa do consumidor
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O grupo de proteção ao consumidor Consumers’ Research divulgou um relatório criticando a falta de transparência em relação às reservas de dólares da emissora de stablecoins Tether, chamando-a de “um desastre aos consumidores à espera de acontecer”.

O relatório afirma que o principal problema é a falta de uma auditoria completa de uma empresa de contabilidade de renome das reservas em dólares que sustentam a USDT, sua stablecoin lastreada em dólares na proporção de 1:1.

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O Consumers’ Research traça paralelos entre essa situação e os eventos que levaram ao colapso da FTX e da Alameda Research.

“Tether tem muitos dos mesmos problemas que FTX e Celsius tiveram antes de seu colapso — potencialmente custando bilhões de dólares aos consumidores, usando táticas de marketing enganosas e inconsistentes com a verdade”, escreveu a entidade em seu relatório.

O Consumers’ Research também afirma que a Tether faz negócios com entidades questionáveis e não impediu o uso da USDT para evadir sanções internacionais. Para divulgar suas preocupações, o Consumers’ Research enviou uma carta aberta a todos os governadores dos estados dos EUA, lançou anúncios de rádio e criou um site detalhando suas alegações.

No entanto, alguns nomes de peso da indústria financeira defenderam a emissora de USDT.

Em janeiro, Howard Lutnick, CEO da Cantor Fitzgerald, que administra o portfólio de títulos norte-americanos da Tether, disse em uma entrevista à Bloomberg que “pelo que vimos […] eles têm o dinheiro que dizem ter”.

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A própria Tether afirma ter tomado medidas para aumentar a transparência e combater atividades ilícitas. Em julho, a empresa contratou Philip Gradwell, ex-economista-chefe da Chainalysis, para produzir relatórios sobre o uso da USDT para reguladores e investidores nos EUA.

No mês passado, o CEO da Tether, Paolo Ardoino, anunciou que a empresa ajudou mais de 145 agências de segurança a recuperar US$ 108,8 milhões em USDT ligados a atividades ilegais desde 2014. Recentemente, a Tether também fez uma parceria com a plataforma de inteligência blockchain TRM Labs e a rede Layer-1 Tron (TRX) para criar a “T3 Financial Crime Unit”, com o objetivo de identificar e congelar transações ilícitas de USDT na rede Tron.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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