Imagem da matéria: Empresa brasileira de arbitragem de Bitcoin cria operação para impedir golpes
(Foto: Shutterstock)

A empresa AnubisTrade, especializada em arbitragem com criptomoedas, foi vítima de estelionatários no último mês. Os scammers utilizaram o nome da plataforma para dar golpes em clientes e potenciais clientes da empresa e o prejuízo totaliza cerca de R$20 mil. No total, 21 pessoas foram enganadas.

O caso, que está sendo acompanhado pela 4ª Delegacia de Polícia especializada em Delitos praticados por Meios Eletrônicos, consiste em golpes de estelionato por meio de redes sociais, pelas quais os criminosos oferecem às pessoas serviços inexistentes com promessas de altos lucros.

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Os estelionatários usavam o nome da empresa e de seus dirigentes e grande parte dos golpes ocorria via Telegram.

Matheus Grijó, CEO da AnubisTrade, disse que a empresa está dando todo o suporte jurídico as vítimas por meio de seu advogado Alexandre Bandarra e que há “um perito de rastreio em Blockchain que já auxilia a polícia em crimes deste tipo”. Mas por questão de segurança não revelou o nome desse profissional.

Bandarra, o advogado da plataforma, afirmou que o prejuízo contabilizado até agora foi algo em torno de 1,22 Bitcoin, o que poderia chegar a quase R$20 mil. Num dos casos, o cliente chegou a ter o prejuízo de 0,5 bitcoin.

A conversa sempre traz um proposta sedutora como nesse caso em que o golpista promete o sorteio de um Bitcoin

Bandarra afirma que em relação a um caso específico, o scammer foi bastante inteligente, se passando por Matheus Grijó, criando um Telegram e Messenger idênticos ao do empresário, e perguntando à vítima como estava funcionando a plataforma e se tinha alguma crítica.

Ladrões de bitcoin

Essa estratégia foi feita para conquistar a confiança da vítima. Bandarra afirma que a vítima nesse caso “tinha acabado de enviar um valor para conta dela” e comentou isso com o golpista que acabou pedindo “um print da confirmação e o e-mail cadastrado pois ele iria agilizar o depósito para entrar em operação o mais rápido possível”.

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Depois de ter posse de todos os dados desse cliente, o estelionatário se passou por esse cliente e chegou a conversar com Grijó “informando que havia criado a conta, feito o depósito porém esse ainda não tinha caído”, afirma o advogado.

Nisso, diz Bandarra, que o próprio Grijó caiu no golpe e “confirmou que o depósito já havia sido identificado e enviou um print da confirmação do depósito para o scammer”.

“O criminoso então pegou esse print, enviou para a vítima para ganhar credibilidade, e posteriormente ofereceu um outro produto de maior rendimento e limitado. Mesma história dos prints. Nesse caso, como o scammer obteve dados que só nós teríamos acesso utilizando os dados da vítima, nós a ressarcimos”, disse.

Bandarra afirma que está montando um dossiê com todos os dados que possam auxiliar com a investigação e aconselha as vítimas a registrarem o “Boletim de ocorrência por estelionato, e nos envie o protocolo do BO para que possamos levar todos os dados junto com o dossiê até a delegacia de crimes cibernéticos”.  Até o momento apenas uma vítima levou o caso à polícia.

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Para se prevenir

Por meio de nota, a empresa informou que ninguém da sua equipe “irá contatar você em suas redes sociais ou aplicativos de mensagens” e que todos os seus produtos “são oferecidos exclusivamente via plataforma oficial no endereço http://anubis.website”.

“Devido à grande quantidade de tentativas e golpes, a equipe Anubis retirou qualquer tipo de suporte ao usuário feito fora da plataforma. Assim, todas as dúvidas e dificuldades técnicas devem ser sanadas via canal oficial dentro da plataforma”.

A equipe da empresa de criptomoedas , na mesma nota, aconselha  aos investidores sempre desconfiar “de toda e qualquer oportunidade única de investimento” e que nunca envie valores para aqueles que “fizerem contato privado oferecendo este tipo de produto. Pois, quase a totalidade desses casos são golpes: crime de estelionato (art. 171 do Código Penal).”

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