Uma série de exchanges de criptomoedas anunciaram que estão deixando Hong Kong poucos tempo depois de terem aplicado para operarem na região, sendo um dos casos mais emblemáticos a OKX, que retirou seu pedido de licença na Comissão de Valores Mobiliários e Futuros do país.
A companhia disse apenas que fez uma “consideração cuidadosa” da sua estratégia de negócios como motivo para a mudança de rumo, mas garantiu aos clientes de Hong Kong que os seus fundos estavam seguros.
E esse pode ser um duro golpe no mercado cripto local. Com um volume diário de negociação de US$ 3 bilhões, a exchange centralizada é a quarta maior do mundo em volume negociado.
Mas além da OKX, outras seis companhias retiraram seus pedidos de licenças desde que o prazo terminou, no fim de fevereiro. Todas elas irão encerrar suas operações na região até sexta-feira, 31 de maio.
Além da OKX, subsidiárias de outras exchanges internacionais retiraram-se de Hong Kong nas últimas semanas, incluindo Gate.io, KuCoin e HTX, anteriormente conhecida como Huobi. A HKVAEX, que era apoiada pela Binance, também retirou seu pedido.
Regras rígidas complicam atuação
As decisões das corretoras estão ligadas aos rigorosos requisitos regulamentares adotados pelo governo, que criaram normas para tentar segurar o avanço de operações ilegais na região.
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Estas empresas, que começaram na China, estão entre os maiores intervenientes da indústria cripto que demonstraram interesse no novo regime regulatório de ativos virtuais de Hong Kong, que começou em junho do ano passado, que exige que as bolsas sejam licenciadas na cidade.
Aqueles com presença pré-existente receberam um período de carência de um ano, mas aqueles que retiraram as suas candidaturas devem agora encerrar as suas operações em Hong Kong.
Mas não só as regras em si parecem ter sido um fator para as desistências, mas a incapacidade das empresas de cumprirem as normas e atenderem corretamente os clientes também ajudaram nessa saída em grupo das exchanges.
Recentemente, o regulador local disse que os VATPs (plataformas de negociação de ativos virtuais) devem “cumprir todas as leis e regulamentos aplicáveis, incluindo […] impedir que os residentes da China continental tenham acesso a qualquer um dos seus serviços relacionados a ativos virtuais”.
A regra relativa aos investidores do continente foi incluída numa lista de requisitos emitidos diretamente aos candidatos, diminuindo o entusiasmo em operar em Hong Kong, disse uma fonte ao jornal chinês South China Morning Post.
Hong Kong tem tentado se aproximar do mercado de criptomoedas, não só por estabelecer essas regras na tentativa de conseguir que exchanges operem na cidade, mas também com o recente lançamento de ETFs de Bitcoin e Ethereum à vista, que levaram um grande fluxo de investidores para a região procurando investimentos regulados no setor.
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