Imagem da matéria: Justiça da Venezuela determina indenização em Petro, a criptomoeda do país
(Foto: Shutterstock)

O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela (TSJ) determinou que uma agência do governo indenize em Petro uma servidora que sofreu um acidente de trabalho, reportou o Sputnik News no dia 02 de novembro.

De acordo com a sentença N° 1.112 de 31 de outubro de 2018, o Instituto Nacional de Investigação Agrícola (Inia) terá que pagar a Maria Elena Matos o equivalente a 266 petros — cerca de US$ 16 mil, considerando o preço da criptomoeda venezuelana que foi estipulado em US$ 60 no país.

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A decisão da Suprema Corte levou em conta um decreto sobre criptomoedas, aprovado em abril deste ano pela Assembléia Nacional Constituinte do país e que estabelece a base para o gerenciamento de mecanismos alternativos em finanças e comércio”, diz o site.

A nota divulgada pelo Supremo correu as redes sociais. Foi o que fez uma empresa de assessoria jurídica da Venezuela chamada Organización de Servicios Profesionales.

“O Supremo Tribunal estabeleceu este critério tomando como referência o valor que o Executivo Nacional fixa para o Petro, a fim de materializar a justiça em favor de quem é afetado em seus direitos e interesses, e contrabalançar as ações que procurou desestabilizar a economia nacional”, publicou a empresa em sua página no Facebook.

Venezuela quer emplacar a Petro

O ditador venezuelano Nicolás Maduro acredita que a criptomoeda nacional Petro vai ajudar a resolver a inflação crônica do país e a estabilizar a economia.

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Acreditando em seu ‘programa de recuperação, crescimento econômico e prosperidade’, em meados de setembro ele proferiu:

“O Petro seguirá seu caminho como moeda de troca internacional para compras e conversões”.

Uma criptomoeda controversa

Recentemente, desenvolvedor do Ethereum, Joey Zhou, alegou que o White Paper da Petro seria uma “cópia descarada” do documento da Dash.

“O novo token Petro da Venezuela é um clone descarado da Dash (pelo menos o whitepaper, na página 11)”, postou Zhou no Twitter.

No entanto, não é difícil que leitores familiarizados com a Dash reconheçam suas principais características ao ler o projeto venezuelano.

Dentre as inúmeras controvérsias em torno do projeto, a transparência é a mais evidente. Não há como saber como tudo foi conduzido. E, por isso, a criação da Petro provocou várias reações negativas em todo o mundo.

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Isto chamou a atenção da Reuters, que publicou uma reportagem especial a respeito da não-adoção da criptomoeda venezuelana.

A agência revelou que a Petro era uma farsa, visto que o token é ‘lastreado’ em 5 milhões de barris de petróleo, mas não se tem sequer uma placa do local indicado da exploração, que fica em Atapirire, uma comunidade isolada em Francisco de Miranda com apenas 1300 habitantes.


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