Imagem da matéria: Exchange hackeada pede tempo e desanima clientes que aguardam ressarcimento de bitcoin e criptomoedas após roubo de R$ 240 milhões
(Foto: Pixabay)

Após acalmar seus clientes com um plano de recuperação depois da perda de R$ 246 milhões em Bitcoin, Bitcoin Cash e Monacoin em um ataque hacker, a Tech Bureau Inc, responsável pela exchange invadida ‘Zaif’, pediu tempo para regularizar a situação.

De acordo com um comunicado de imprensa no início do mês, a Tech Bureau disse que precisa de mais tempo para estabelecer um método de ressarcimento dos investidores prejudicados pelo ataque — a empresa já havia anunciado o prazo até o final setembro, mas não cumpriu, reportou o site Nikkei na última quinta-feira (04).

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“Estamos discutindo e negociando para chegarmos a um acordo formal. Não há nenhuma mudança em relação à nossa motivação em restabelecer a empresa e restituir os clientes”, diz a nota.

A Tech pediu desculpas aos clientes e acionistas pela inconveniência e ressaltou que assim que o conteúdo for confirmado, ela os informará imediatamente.

Em 20 de setembro, a empresa havia dito que venderia parte de suas ações para a Fisco Digital Asset Group (listada na bolsa de valores japonesa JASDAQ) por uma valor de 5 bilhões de ienes (R$ 167 milhões) como início do plano de recuperação.

No entanto, ambas empresas ainda não chegaram a um acordo formal, já que a negociação envolve a maioria das ações, ou seja, com o investimento da Fisco, ela deve obter participação majoritária.

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Dias depois ao anúncio da suposta parceria, a empresa decidiu suspender temporariamente novos registros em sua plataforma de negociação.

“Decidimos, temporariamente, não aceitar novos pedidos de registro na plataforma, pois estamos mobilizados a sanar os danos recentes causados aos nossos clientes e precisamos nos concentrar internamente”, dizia um trecho da nota.

De acordo com uma publicação da CCN neste domingo (07), a Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA) confirmou que está investigando as práticas de segurança na bolsa Zaif, analisando os sistemas de proteção de usuários instalados nos escritórios do Tech Bureau.

Como foi o roubo

A Zaif revelou que teve seu sistema invadido por cerca de duas horas (entre 17:00 e 19:00, horário local) no dia 14 de setembro.

Porém, o problema foi detectado somente três dias depois (17) e o roubo confirmado no dia seguinte (18), notificando as autoridades e suspendendo depósitos e serviços de retirada.

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Os hackers conseguiram violar os endereços quentes (hot wallets) da bolsa e roubaram 5.966 bitcoins, além de quantias em bitcoin cash e Monacoin.

Na ocasião, o prejuízo foi estimado em 6,7 bilhões de ienes, equivalentes a R$ 246 milhões. Desses 6,7 bilhões, 4,5 bi seriam de clientes e o restante da própria Zaif.

Já tinha sido alertada pelas autoridades

A Zaif foi uma entre as seis exchanges licenciadas de criptomoedas que receberam uma ordem de melhoria de negócios da Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA).

O incidente com a Zaif pode ser uma grande implicação para o setor de criptomoedas no Japão, já que os reguladores têm pressionado as exchanges locais a se regularizarem às normas impostas após o roubo bilionário da Coincheck em janeiro.

Já houve falha antes

No início deste ano, a Zaif admitiu uma falha no sistema que permitiu aos usuários adquirir temporariamente trilhões de dólares em Bitcoin (BTC) gratuitamente.

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À medida que os clientes mal intencionados perceberam a situação, alguns tentaram aproveitar ao máximo a janela de 20 minutos para pegar moedas gratuitas.

Um deles chegou a colocar uma ordem de compra no valor de 2.200 trilhões de ienes (US$ 20 trilhões), tentando sacar logo em seguida.

Descoberta a falha, a empresa cancelou as transações, corrigiu os saldos dos usuários e impossibilitou a continuidade da fraude.


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