Imagem da matéria: Visão da Web3 "se enfraqueceu" devido ao custo das taxas de transação, diz Vitalik Buterin
Vitalik Buterin, fundador do Ethereum (Foto: TechCrunch/Flickr)

O co-fundador da blockchain Ethereum, Vitalik Buterin, afirmou que a visão original da Web3 como um motor para uma internet mais aberta “enfraqueceu e foi um pouco para o segundo plano”.

Em um extenso post em seu blog, Buterin identificou as crescentes taxas de transação como o “culpado número um” pelo afastamento dos ideais da Web3. Ele argumentou que o ENS (Ethereum Name Service) é a única aplicação não financeira sendo usada em grande escala, enquanto uma “ruptura ideológica” se abriu entre o mundo cripto e defensores não-blockchain da descentralização, que agora veem as criptomoedas como uma “distração”.

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Buterin também afirmou que “poucos falam sobre pagamentos cripto para consumidores” e que, quando as pessoas usam cripto para transacionar ou economizar, “frequentemente fazem isso por meio de meios centralizados” como contas em exchanges ou negociando a stablecoin USDT na Tron.

As crescentes taxas de transação excluíram, segundo Buterin, todos, exceto “players degenerados”, do uso de blockchains, pois são “a única audiência que continua disposta a pagar” quando as taxas de transação aumentam.

Quando essa comunidade de nicho de degenerados domina a base de usuários de uma blockchain, disse ele, “isso ajusta a percepção pública e a cultura interna do espaço cripto”, levando a resultados negativos.

No entanto, nem tudo são más notícias. Buterin destacou desenvolvimentos positivos no último ano, incluindo soluções de escalabilidade como rollups e o padrão de abstração de conta ERC-4337.

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Ele também se concentrou em soluções de privacidade como Railway e Nocturne e dedicou uma grande parte do ensaio às provas de conhecimento zero, uma “ferramenta nova e muito poderosa” usada para provar que algo é conhecido sem expor diretamente a informação conhecida.

“A programabilidade das provas de conhecimento zero significa que podemos superar a falsa dicotomia de ‘anônimo, mas arriscado’ versus políticas de conheça seu consumidor, portanto seguro’ e obter privacidade e muitos tipos de autenticação e verificação ao mesmo tempo”, escreveu Buterin. Ele apontou casos de uso como Zupass, um sistema de autenticação presencial que possibilita votação e identificação anônimas.

Buterin já defendeu anteriormente “pools de privacidade” usando zk-proofs para validar que os usuários não estão usando endereços criminosos de blockchain, ao mesmo tempo em que mantêm o anonimato de suas transações.

Além de analisar aspectos técnicos do Ethereum, Buterin discorreu sobre a importância de sua “camada social”, que, segundo ele, “aplica vigorosamente seus valores nos lugares onde os incentivos puros não conseguem”. Ele destacou o desafio de integrar “players degenerados” que entram no ecossistema cripto com o desejo de enriquecer, mas que se tornam “crentes ávidos” nos ideais da Web3 e da descentralização.

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Isso, ele acredita, pode ser alcançado por meio de uma mistura de incentivos, comunidade e “normas rígidas de neutralidade, código aberto e resistência à censura”.

Para o sucesso do Ethereum, Buterin disse: “Precisamos não apenas de uma visão para um projeto técnico, mas também das partes sociais da ferramenta que tornam os conceitos técnicos possíveis de serem construídos em primeiro lugar”.

*Traduzido com autorização do Decrypt.

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