O Ethereum, assim como o Bitcoin, foi um dos criptoativos que mais valorizou no ano passado, mas nesse ano seu caminho não está sendo nada fácil. Em janeiro, uma unidade de ETH chegou a valer cerca de US$ 1.400. Hoje está cotada a US$ 185, menor cotação desde julho de 2017.
Essa é uma das maiores queda que o ETH já presenciou em seus três anos de vida. Foram quatro quedas: de US$ 2 a centavos em 2015, de US$ 20 para US$ 5 em 2016, de US$ 420 a US$ 150 até subir novamente e chegar no recente estágio.
Lucro da mineração em queda
O hashrate do Ethereum caiu de 300 trilhões para 270 trilhões de hashs por segundo. Essa queda recente, uma das maiores já presenciadas, pode ser devido a simples variações ou também porque sua mineração está próxima de não ser mais rentável.
O mineradores recebem cerca 20.000 ETH por dia, mas em decorrência de despesas operacionais substanciais para poderem operar suas máquinas, a maioria os vende rapidamente, aumentando a oferta e levando o preço ainda mais para baixo.
No mês passado, Brian Venturo, cofundador da mineradora Atlantic Crypto, relatou que somente o custo de energia elétrica para minerar 1 ETH é de US$ 152. Considerando o preço nesta data (US$ 190) sobram menos de US$ 40 para as despesas, como aluguel, folha de pagamento e manutenção.
Esse conjunto de informações, indica, segundo o Trustnodes, que alguns mineradores de ethereum provavelmente estão falidos ou à beira da falência.
ICOs em queda em agosto
A arrecadação de fundos através das ICOs (Ofertas Iniciais de Moeda) no ano passado foram reconhecidamente responsáveis pelo aumento do Ethereum. A principal criptomoeda de troca pelos tokens dos ICOs era o ETH, o que aumentou exponencialmente sua demanda.
De acordo com dados da Autonomous Research, as startups levantaram apenas US$ 326 milhões em agosto, a menor angariação de fundos desde maio de 2017, notou o Bloomberg. A fim de comparação, em Janeiro de 2018, mais de US$ 3 bilhões foram levantados.
O que pensa o cofundador do Ethereum
Vitalik Buterin, disse no início deste mês que o crescimento explosivo das criptomoedas provavelmente havia chegado ao fim e que daqui pra frente o melhor negócio seria focar em seu uso nas aplicações reais.
“O mercado do blockchain está chegando ao ponto em que há um teto à vista e não há mais oportunidade de um crescimento de 1000x (mil vezes) no setor”, disse ele, na ocasião.
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