Logotipo da BlockFi na tela de computador
Shutterstock

A empresa de empréstimos de criptomoedas BlockFi anunciou que conseguiu emergir da falência para apresentar um plano de recuperação efetivo a partir da terça-feira (24).

O termo ‘emergir’ é usado nos EUA quando uma empresa que entrou em falência, consegue reorganizar com sucesso seu balanço patrimonial para que esteja pronta para reembolsar seus credores.

Publicidade

Embora nem todos os clientes possam ser ressarcidos agora, a transição dá início ao processo da BlockFi de recuperação de ativos de clientes de terceiros e de continuação da reconciliação das reivindicações dos clientes.

“Temos orgulho de dizer que a BlockFi atingiu sua data de vigência de forma mais rápida e eficiente do que muitas outras empresas de criptomoedas de varejo”, escreveu a empresa em comunicado na terça-feira.

A queda da BlockFi

A BlockFi entrou com pedido de recuperação judicial em 28 de novembro, menos de um mês após a queda da exchange de criptomoedas FTX e de sua empresa irmã, Alameda Research. A empresa tinha US$ 1,2 bilhão em exposição em ambas as empresas, que agora são acusadas de terem se envolvido em uma fraude multibilionária usando ativos de clientes.

A BlockFi disse que seus novos esforços incluirão tentativas de recuperar ativos dessas empresas falidas, incluindo FTX, Alameda Research e Three Arrow Capital (3AC). “O sucesso neste litígio pode aumentar as recuperações dos clientes”, disseram.

Publicidade

Embora os clientes da carteira de custódia da empresa possam enviar uma solicitação de saque hoje, as contas remuneradas do tipo BIA (sigla para Interest Bearing Account) e os clientes de empréstimos da BlockFi não devem receber distribuições iniciais até o início de 2024.

“Quaisquer distribuições subsequentes dependerão de muitos fatores, incluindo principalmente quaisquer recuperações da FTX e suas afiliadas”, escreveu a BlockFi.

A recuperação da FTX

A FTX está considerando relançar sua exchange como parte de seu plano de recuperação com a participação dos clientes existentes. Outras opções disponíveis incluem trazer um parceiro para ajudá-la a se reintroduzir no mercado — ou vender a empresa por completo.

Dentre as outras empresas do setor financeiro que caíram no ano passado, incluem Celsius, Voyager e Genesis — esta última também foi suposta vítima da fraude da FTX.

De acordo com o depoimento de Caroline Ellison no Tribunal de Justiça de de Nova York neste mês, a ex-chefe da Alameda apresentou à Genesis um balanço patrimonial falso que “fez a Alameda parecer menos arriscada do que era”.

Publicidade

O ex-CEO da BlockFi, Zac Prince, alegou o mesmo mau comportamento da Alameda dias depois, a culpando pelas consequências de sua empresa, dizendo que a Alameda havia escondido seus empréstimos da FTX no balanço que lhe foi apresentado.

Por outro lado, os próprios credores da BlockFi acusaram Prince de emprestar à Alameda perto de um bilhão de dólares, apesar de saberem das terríveis finanças da empresa.

*Traduzido com autorização do Decrypt.

Quer desvendar os mistérios do Bitcoin? Adquira “O Livro de Satoshi”, um compilado de escritos e insights de Satoshi Nakamoto

VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: MB estreia no ranking de Exchange Benchmark em 1º lugar no Brasil

MB estreia no ranking de Exchange Benchmark em 1º lugar no Brasil

O relatório semestral, realizado pela CCData, é considerado uma estrutura robusta para classificar a atuação de exchanges do Brasil e do mundo
Pessoa inserindo chip no celular

Justiça manda TIM pagar R$ 21 mil a cliente que teve celular clonado e perda de criptomoedas

A partir da clonagem do celular, os invasores tiveram acesso ao email e posteriormente a uma carteira cripto na Binance
Imagem da matéria: O que é o Notcoin? Conheça o jogo baseado em Telegram, o token NOT e os planos futuros

O que é o Notcoin? Conheça o jogo baseado em Telegram, o token NOT e os planos futuros

Notcoin é um jogo baseado no Telegram que nos últimos meses acumulou um total de 35 milhões de jogadores
Costas de um policial de Hong Kong

Empresário e filho se entregam à polícia após sequestrarem investidora de criptomoedas

A dupla teria tentado acertar as contas com a mulher de 55 anos que teria intermediado um investimento de cerca de R$ 10 milhões em criptomoedas