Os líderes da suposta pirâmide financeira Trust Investing tiveram suas prisões preventivas revogadas na noite desta segunda-feira (7) pela juíza Júlia Cavalcante Silva Barbosa, da 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande/MS.
A decisão foi proferida no final dos interrogatórios dos réus Patrick Abrahão, Ivonélio Abrahão e Diorge Chaves, cujas defesas jurídicas apresentaram os pedidos de soltura. A posição da magistrada também vale para os pedidos de liberdade do CEO da Trust Investing, Diego Chaves, e do diretor de marketing da empresa, Fabiano Lorite de Lima, que foram interrogados na última quinta-feira (3).
Apesar do Ministério Público Federal ter se posicionado a favor da manutenção da prisão preventiva, a juíza entendeu que os réus podem esperar a conclusão de seus julgamentos fora do presídio.
“A prisão preventiva é medida excepcional, e avalio que já não sejam necessárias porque os riscos processuais podem ser acautelados pelas medidas impostas”, disse a juíza.
As medidas cautelares que passam a valer para os cinco réus investigados incluem:
- comparecer perante a autoridade, todas as vezes que for intimado para atos da instrução criminal e para o julgamento;
- proibição de ausentar de suas respectivas comarcas sem autorização;
- proibição de sair do país, com a retenção do passaporte;
- proibição de comunicação entre os réus, com exclusão daqueles com vínculos de parentesco.
Relembre o caso
Os líderes da Trust Investing que hoje ganham a liberdade, haviam sido presos em outubro de 2022, durante a operação La Casa de Papel da Polícia Federal.
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Na ocasião, foram cinco pessoas presas, incluindo os fundadores da empresa, Diego Chaves, Fabiano Lorite de Lima e Diorge Chaves. Cláudio Barbosa, diretor de tecnologia da Trust Investing, também foi alvo da operação mas até hoje se encontra foragido.
Patrick Abrahão, influenciador e marido da cantora Perlla que se apresentava como “número um” da Trust Investing, e seu pai, o pastor Ivonélio Abrahão, também foram presos na época pelo envolvimento no esquema.
A prisão aconteceu quando completava um ano que a Trust Investing havia deixado de pagar os clientes que investiram Bitcoin na empresa na expectativa de receber lucros de 300% ao ano através do suposto trade de criptomoedas.
Na denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF), os cinco réus respondem pelos crimes de integração de organização criminosa internacional, crimes contra o sistema financeiro nacional, operação ilegal de instituição financeira, crimes contra o patrimônio da união e crime ambiental, bem como lavagem de dinheiro.
Com a conclusão da tomada de depoimentos de testemunhas e réus do caso da Trust Investing, a expectativa é que o caso avance para uma conclusão na 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande/MS.
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