O Brasil importou US$ 3,82 bilhões (R$ 18,3 bilhões ) em criptoativos no primeiro semestre de 2023, segundo relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado na terça-feira (18).
O número indica um aumento de 18,6% na compra de criptomoedas, como Bitcoin por exemplo, por pessoas residentes no país nesse período, considerando o mesmo intervalo em 2022, quando foram importados US$ 3,22 bilhões (R$ 15,4 bilhões).
De acordo com a Carta de Conjuntura do Ipea referente ao 2º trimestre de 2023, as importações de criptoativos totalizaram US$ 3 bilhões em 2019 e US$ 3,3 bilhões em 2020. Já em 2021, o valor saltou para US$ 5,9 bilhões e, em 2022, US$ 7,5 bilhões. Os dados são coletados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
A Carta de Conjuntura — ou boletim trimestral do Ipea, trata sobre sobre o balanço de pagamentos do setor externo da economia brasileira, onde estão incluídos a evolução de valores nas importações e exportações.
Veja o gráfico que apresenta a evolução das importações líquidas acumuladas em doze meses — importações menos exportações — de criptoativos desde janeiro de 2018. Em resumo, os números sobre criptoativos são considerados desde 2016, mas computados somente a partir de 2019, com ano de 2018 como referência.
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Por que balanço do setor externo inclui criptoativos
O Banco Central publica, desde agosto de 2021, a tabela de conciliação entre as estatísticas de comércio exterior de mercadorias, compiladas pela Secex do Ministério da Economia, e de balanço de pagamentos, compilada pela própria entidade financeira central.
Conforme descreve o Ipea, a primeira segue a metodologia do International Merchandise Trade Statistics, enquanto a segunda segue o Manual de Balanço de Pagamentos e Posição Internacional de Investimento do Fundo Monetário Internacional (FMI).
É na segunda tabela que entram números sobre criptoativos, que foram incluídos posteriormente para os ajustes metodológicos empregados para a compilação do balanço de pagamentos. Portanto, o apontamento, conforme recomendação do FMI, é registrado na conta de balança comercial de bens.
“Dessa forma, o saldo da balança comercial (bens) do balanço de pagamentos inclui a transferência de propriedade de criptoativos entre residentes e não residentes. Quando há mudança de propriedade de residente para não residente, esta é registrada como exportação. Se a mudança de propriedade for de não residente para residente, ela é registrada como importação”, explica o Ipea.
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