Imagem da matéria: Desenvolvedor do Bitcoin que trabalhou com Satoshi Nakamoto volta e vai lançar nova criptomoeda
Martti ‘Sirius’ Malmi

Martti ‘Sirius’ Malmi, o segundo desenvolvedor do bitcoin e o primeiro a trabalhar ao lado do criador do BTC Satoshi Nakamoto, voltou recentemente ao mundo cripto, com planos para lançar uma nova criptomoeda.

De acordo com um artigo da CoinDesk, é revelado que a nova criptomoeda de Malmi se chamará AXE, e estará relacionada com uma base de dados descentralizada chamada GUN. O objetivo de Malmi, pela publicação, é o de ajudar a descentralizar a web.

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Malmi entrou no mundo do bitcoin em 2009, enquanto desenvolvedor amador que ainda estudava. Trabalhou com Satoshi Nakamoto e ganhou a sua confiança ao ponto de lhe ter sido dado controle sobre o domínio Bitcoin.org, registrado por Satoshi.

Tal como o criador anônimo da criptomoeda, Malmi acabou por abandonar o projeto. Ao falar com a publicação, revelou que sentiu que esta já tinha ido do “zero ao um,” e que como já tinha bons desenvolvedores e uma comunidade por detrás dele, estava funcionando.

Depois de abandonar o projeto do bitcoin, lançou outro chamado Identifi com objetivo de tirar poder das gigantes tecnológicas como o Google, o Facebook, e outros. Ele disse:

 “A maioria dos grandes negócios online, como Google, Facebook, eBay ou Airbnb, são basicamente índices centralizados – listas pesquisáveis de material. Se quisermos desorganizá-los, precisamos de indexação descentralizada.”

Para unir a criptomoeda AXE ao projeto GUN, Malmi, entre outros, tomaram a decisão de criar uma empresa chamada ERA, que pretende descentralizar a internet. Esta nasceu depois de um debate entre Malmi e o CEO da GUN – e agora da ERA – Mark Nadal.

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Este debate baseou-se no poder de governos e outras entidades de poderem bloquear endereços IP de mineradores de bitcoin, e de empresas de telecomunicações poderem redirecionar o tráfego dos mesmos.

De acordo com Nadal, esta “é uma enorme vulnerabilidade que pode afetar a todos, por isso estamos construindo a AXE.” Para Malmi, o seu projeto Identifi pode ajudar a criar camadas resistentes à censura. Ele disse:

“Você pode fazer com que os usuários assinem digitalmente todos os seus posts e usem o Identifi para buscar o perfil de identidade (nome, avatar, feedback, etc.) que corresponde à chave pública. Você pode usar sua rede de confiança Identifi para filtrar spam, trolls e outros tipos de conteúdo indesejado sem recorrer à censura centralizada. Isso é útil para mídias sociais descentralizadas.”

Para ser descentralizada e cumprir os seus objetivos, a ERA vai precisar de vários utilizadores em todo o mundo, a propagarem dados contidos na sua rede. É aqui que entra a criptomoeda AXE.

No entanto, nesta os utilizadores não irão guardar os dados da rede, mas sim propagá-los. Visto estes estarem encriptados, os servidores por onde passam não terão acesso às informações contidas nestes.

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Cético do uso do blockchain

Malmi revelou ainda que apesar de estar entrando em um novo projeto relacionado com criptomoedas, não vê ventagens em muitos dos usos que a comunidade dá à tecnologia blockchain. Ele disse:

“A tecnologia blockchain é sobrestimada e empurrada para aplicações onde não é útil. Se você não precisa de uma rede distribuída sem partes confiáveis, você não precisa de um blockchain.”

De acordo com o segundo desenvolvedor do bitcoin, as criptomoedas deveriam ser reconhecidas pelo incentivo que dão a uma infraestrutura mais descentralizada. A ERA, diz ele, vai incorporar criptomoedas numa “web descentralizada” de “modo correto.”

Tanto Malmi como Nadal apontaram que é importante para esta web descentralizada haver uma base de dados capaz de aguentar o tráfego que o popular jogo CryptoKitties, construído em cima do Ethereum, teve.

Para que a sua rede consiga tal feito, a ERA vai utilizar a AXE como dinheiro descentralizado, e não vai usar a tecnologia blockchain para guardar dados dos seus usuários.


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