pessoa fechando porta de estabelecimento
Foto: Shutterstock

A Bittrex faliu.

Em uma declaração de falência do Capítulo 11 na segunda-feira (08), a bolsa americana de criptomoedas disse que tinha mais de 100.000 credores com responsabilidades e ativos estimados ambos na faixa de US$ 500 milhões a US$ 1 bilhão.

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A declaração vem poucas semanas depois que a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) apresentou acusações contra a Bittrex, que alegou que ela não havia cumprido a lei de valores mobiliários ao não se registrar com o órgão regulador financeiro.

A queixa criminal da SEC afirmou que a exchange não se registrou como corretora, bolsa e agência de compensação e que arrecadou pelo menos US$ 1,3 bilhão em receita ilícita entre 2017 e 2022.

Em março, a Bittrex disse que estava encerrando as operações nos EUA. Na época, o CEO da empresa, Richie Lai, disse que o “ambiente regulatório e econômico atual do país” como razões para a decisão. A empresa, porém, garantiu aos clientes que os fundos estariam seguros.

Quem é a Bittrex

A Bittrex é uma pequena empresa com sede em Seattle, fundada em 2013. Com um volume de negociação de 24 horas atual de pouco mais de US$ 5 milhões, é a 82ª maior bolsa de ativos digitais, de acordo com a CoinGecko.

Sua falência ocorre em um momento em que a indústria de criptomoedas está sendo duramente atingida pelos reguladores: a SEC aplicou multas em várias empresas americanas de criptomoedas à medida que busca marcas importantes de criptomoedas que ela afirma estar vendendo títulos não registrados.

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O órgão regulador muitas vezes não define um único ativo digital como um título, mas aponta para o teste Howey. O presidente da SEC, Gary Gensler, afirma que a maioria dos ativos digitais são títulos, mas não o Bitcoin, o maior em valor de mercado.

Os reguladores têm perseguido rapidamente empresas de criptomoedas após a queda da mega bolsa de ativos digitais FTX em novembro.

Apenas no ano passado, a Bittrex concordou em pagar US$ 29 milhões para resolver casos de fiscalização com autoridades dos EUA por “violações aparentes” de sanções contra países como Irã, Cuba e Síria.

*Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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