Lupa mostra rosto de nota de 5 reais- ao lado uma calculadora
Foto: Shutterstock

As maiores criptomoedas são negociadas em terreno positivo nesta segunda-feira (10), apesar do baixo volume no fim de semana prolongado e muitas bolsas ainda fechadas na Europa, Austrália e Hong Kong devido ao feriado da Páscoa. 

O Bitcoin (BTC) ganha 1,5% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 28.325,26, segundo dados do Coingecko.  

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Em reais, o BTC avança 1,3%, para R$ 144.072,27, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

O Ethereum (ETH) opera em alta de 1,1%, negociado a US$ 1.860,36.  

Nesta quarta-feira (12), acontece a tão esperada atualização Shanghai, que vai desbloquear ETHs depositados na rede Ethereum no chamado “staking”, quando usuários “travam” suas criptomoedas para validar transações na blockchain em troca de recompensas. 

No entanto, um analista da Nansen disse ao Decrypt que o processo pode levar semanas para ser completado. “Quando você olha para os fundamentos”, destaca Andrew Thurman, “qualquer que seja o impacto das retiradas” quando forem efetivadas, “isso acontecerá por um período de semanas e não dias”. 

E no mesmo dia da Shanghai, a rede BNB Chain, da Binance, vai passar por um hard fork, ou bifurcação, programado para o bloco 27.281.024. 

A nova atualização, chamada Planck, está em desenvolvimento desde outubro do ano passado, como solução para uma vulnerabilidade que foi explorada por hackers em um ataque de R$ 3 bilhões naquele mês.  

token BNB da Binance opera em leve alta de 0,8% nas últimas 24 horas, variação espelhada pela moeda digital ARB da rede Arbitrum. 

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A comunidade Arbitrum apresentou uma proposta solicitando à fundação da blockchain que devolva 700 milhões de tokens ARB ao seu “DAO Treasury”. A decisão veio na esteira da medida da Fundação Arbitrum de transferir fundos sem receber a aprovação da comunidade em março. A votação será encerrada em 14 de abril. 

 Outras altcoins por enquanto operam no azul nesta segunda, entre elas XRP (+0,6%), Cardano (+0,7%), Polygon (+0,4%), Polkadot (+1%), Solana (+1,1%), Shiba Inu (+0,6%) e Avalanche (+1,8%). 

Dogecoin (DOGE) sobe 1,7% depois de despencar na semana passada com a decisão do Twitter de retirar o símbolo do cachorro da raça Shiba Inu que inspirou a criptomoeda-meme e retomar seu logo com o famoso pássaro azul. 

Bitcoin hoje 

Além da atualização da rede Ethereum, a semana será marcada por dados macro de peso, como o relatório de preços ao consumidor nos EUA, também agendado para quarta-feira (12). 

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Na sexta-feira (7), investidores acompanharam os dados do mercado de trabalho americano, que vieram dentro do esperado por analistas. A economia dos EUA criou 236 mil vagas em março, uma desaceleração em relação às 326 mil contratações em fevereiro, número que foi revisado para cima. 

Além disso, o mercado segue atento ao cenário geopolítico, com exercícios militares chineses em Taiwan após a visita da presidente da ilha aos EUA. 

Com o Bitcoin oscilando em torno de US$ 28 mil, traders se perguntam se uma guinada drástica está a caminho. 

“O líder de mercado foi negociado em uma faixa muito apertada na última semana, quase não se mexendo muito. Essa consolidação, juntamente com a redução do volume, pode indicar que um movimento acentuado está chegando”, disse Joe DiPasquale, CEO da BitBull Capital, em nota ao CoinDesk

DiPasquale diz que uma correção para US$ 25 mil não “quebraria a estrutura altista, enquanto um movimento para US$ 30 mil provavelmente enfrentaria resistência”. 

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Investigações da FTX 

Um relatório da nova liderança da FTX diz que o ex-presidente da FTX US, Brett Harrison, renunciou em setembro passado em parte por causa de um “longo desentendimento” com o então CEO Sam Bankman-Fried e executivos de seu círculo íntimo, conforme o CoinDesk

O relatório, apresentado no domingo (9) ao tribunal de falências dos EUA em Delaware, é o primeiro relato detalhado do atual CEO da FTX, John J. Ray III, sobre as falhas de controle na exchange desde que ele assumiu o comando após o colapso do grupo em novembro de 2022. 

Harrison, de acordo com o relatório, tinha sérias preocupações sobre a forma como a FTX US estava sendo administrada, incluindo “a falta de delegação apropriada de autoridade, estrutura formal de gerenciamento e contratações importantes”. 

Contatado no domingo pelo CoinDesk, Harrison confirmou o relatório, mas se recusou fazer outros comentários. 

De acordo com os dados, um funcionário do departamento jurídico da FTX foi “sumariamente demitido após expressar preocupação com a falta de controles corporativos, liderança capaz e gerenciamento de riscos da Alameda”, o antigo braço de trading da corretora cripto. 

A quebra da FTX não afetou apenas investidores. Reportagem da Reuters revela que vários pesquisadores que receberam bolsa do FTX Future Fund, lançado em fevereiro de 2022, ficaram recursos. 

O estudante de doutorado Korbinian Kettnaker disse à Reuters que foi obrigado a abandonar seus estudos em filosofia da ciência da computação na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, pois não recebeu os valores prometidos.  

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Binance nos EUA 

A afiliada nos EUA da Binance, maior exchange cripto do mundo, tem enfrentado dificuldades para encontrar um banco que aceite depósitos de seus clientes depois que a falência do Signature Bank deixou a empresa sem um parceiro bancário importante, disseram pessoas familiarizadas com o assunto ao Wall Street Journal. 

Os depósitos em dólares de usuários eram enviados anteriormente para o Signature Bank ou Silvergate Capital, que também quebrou, de acordo com o site da Binance.US. Ambos os bancos eram vistos como amigáveis às empresas de criptomoedas. 

A Binance.US está usando pelo menos um intermediário para armazenar fundos, de acordo com o WSJ. Como o dinheiro é mantido por terceiros, isso pode atrasar o envio e a movimentação de fundos. 

“Trabalhamos com vários provedores bancários e de pagamento baseados nos EUA e continuamos a integrar novos parceiros enquanto atualizamos nossos sistemas internos para criar uma plataforma fiduciária mais estável e oferecer serviços adicionais”, disse um porta-voz da Binance.US. 

Segundo o New York Times, de uma forma geral, bancos nos EUA têm fechado contas de clientes sem dar muitas explicações com a justificativa de operações suspeitas. 

Outros destaques das criptomoedas  

O Banco Central promove nesta segunda-feira (10), das 14h às 18h30, o workshop “Piloto do Real Digital”, que será realizado no Auditório Octavio Gouvêa de Bulhões, na sede da instituição em Brasília. O evento, que conta com a participação de Fabio Araujo, coordenador da iniciativa do real digital, vai detalhar as diretrizes atualizadas da moeda virtual do Banco Central do Brasil, assim como as premissas do seu projeto piloto, o “Piloto RD”. As inscrições para a participação presencial já foram encerradas, mas o evento poderá ser acompanhado pelo canal do BC no YouTube

Enquanto isso, a Samsung oferece uma série de cursos gratuitos para capacitação tecnológica neste mês de abril sob o programa Samsung Ocean. Segundo a Exame, a gigante de tecnologia trabalha em parceria com professores da USP, Unicamp e Universidade do Estado do Amazonas. Os cursos – tanto no formato online quanto presencial – são focados em temas como blockchain, programação, metaverso e inteligência artificial. As vagas são limitadas. A inscrição deve ser feita pelo site do projeto ou no aplicativo Samsung Ocean. 

A Bitget, exchange cripto com sede em Seychelles, lançou um fundo de US$ 100 milhões voltado para startups da web3, aproveitando as iniciativas de países asiáticos para atrair projetos no setor, conforme o comunicado divulgado pelo CoinDesk. Em contraste com o aperto regulatório nos EUA, a Ásia tem avançado no espaço cripto nos últimos meses, com medidas favoráveis em Hong Kong e um white paper aprovado no Japão para o desenvolvimento da web3. 

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