A Medeiros & Medeiros, escritório responsável pelo processo de falência da InDeal, liberou um formulário online para que os credores da falida pirâmide informem seus créditos. A InDeal quebrou em 2019, deixando um prejuízo de R$ 1 bilhão a investidores do bitcoin (BTC) que acreditaram em uma falsa promessa de rendimentos.
Segundo a Medeiros, a página foi criada devido ao elevado número de credores e à complexidade material da realização do processo estrutural, seguindo orientações da justiça. Portanto, diz o escritório, o intuito é possibilitar amplo acesso às informações, permitir o acompanhamento do andamento processual e facilitar habilitações e divergências administrativas.
A falência da InDeal Consultoria em Mercados Digitais Ltda. foi decretada pelo Juízo da Vara Regional Empresarial da Comarca de Novo Hamburgo/RS em 14/12/2022.
Para acessar o formulário, a Medeiros & Medeiros liberou o link https://www.falenciaindeal.com.br/home. Lá, o interessado deve clicar na aba “Habilitações e Divergências” e fazer o preenchimento tanto para poder resguardar os seus créditos e então aguardar a liberação dos pagamentos mediante determinações da justiça quanto para informar divergẽncias de valores.
O formulário está habilitado para pessoas físicas e jurídicas, inclusive para credores que fizeram acordo com a InDeal no passado.
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“Os titulares dos créditos poderão realizar suas habilitações diretamente pelo site indicado, contando com todo o suporte da administradora judicial em caso de dúvidas ou dificuldades com a plataforma”, disse o advogado Laurence Medeiros, sócio da Medeiros Administração Judicial, segundo publicação do Jornal NH da última quarta-feira (22).
Pirâmide financeira InDeal
A ação penal contra a InDeal e os sócios continua em andamento. Em julho do ano passado, o Ministério Público Federal pediu a condenação de 15 réus, suspeitos de administrar um esquema que prometia falsos rendimentos em aplicações em Bitcoin de até 15% ao mês.
Na semana passada, o Superior Tribunal de Justiça proibiu que os advogados de dois líderes da pirâmide InDeal, Ângelo Ventura da Silva e Marcos Antonio Fagundes, continuassem a procurar clientes lesados com um suposto objetivo de fazer acordos para pagamentos dentro do âmbito de recuperação extrajudicial da empresa.
Ambos os réus já não estão mais presos desde o ano passado, após terem obtido liminar no próprio STJ mudando a prisão preventiva para medidas cautelares.
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