A Forbes publicou um relatório de perdas dos empresários mais bem-sucedidos do mercado de criptomoedas, que, juntos, tiveram um prejuízo de US$ 116 bilhões em 2022.
A lista divulgada no último sábado (24) é encabeçada pelo CEO da Binance, Changpeng “CZ” Zhao, seguido por Sam Bankman-Fried, criador e ex-CEO da fracassada FTX, e Brian Armstrong, CEO da Coinbase.
“O fim da FTX foi um final adequado para um ano de destruição de riqueza no setor de criptomoedas e blockchain”, diz a publicação. Ou seja, o colapso da empresa de Sam Bankman-Fried fechou um dos piores ciclos do mercado emergente desde a criação do Bitcoin.
Para a Forbes, a desvalorização do mercado cripto foi precedida com o choque econômico pós-pandemia, que desencadeou inflação e aumento das taxas de juros por bancos centrais do muno, seguida do caos implantado pelo quebra do ecossistema Terra (LUNA), que “sugou o capital do ecossistema cripto especulativo”.
Como resultado, 15 dos 17 dos investidores e fundadores mais ricos do meio cripto perderam coletivamente cerca de US$ 116 bilhões desde março. “15 deles perderam mais da metade de sua fortuna nos últimos nove meses. 10 perderam completamente o status de bilionários”.
De acordo com a Forbes, CZ saiu de um patrimônio líquido de US$ 65 bilhões em março deste ano para apenas US$ 4,5 bilhões em novembro; SBF de US$ 24 bilhões a zero; e Armstrong afundou para US$ 1,5 bilhão dos US$ 6 bilhões acumulados no início do ano.
Veja a lista dos empresários por ordem de perda de patrimônio:
Ao repercutir a lista da Forbes, o jornalista Colin Wu, do Wu Blockchain, ressaltou que pode haver imprecisão nos dados, como por exemplo a “subestimação séria de CZ e Barry, e a falta de controladores de muitas exchanges, como Justin Sun, o fundador da OKX e Bybit, etc”.
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O impacto da crise das criptomoedas
Para o fundador da Ripple Ventures, Matt Cohen, o excesso na criação de soluções para o mercado cripto pode ser um dos fatores que atrapalham o setor. Ele diz que agora o ponto é que há uma ruptura “onde todos terão que fazer uma pausa e dizer: ‘Ok, vimos uma tonelada de riqueza econômica destruída nos últimos meses, precisamos começar a levar isso a sério”.
“Muitas tecnologias de blockchain e empresas de criptomoedas criaram soluções para problemas que não precisavam ser consertados, e acho que agora teremos uma reinicialização total”, explica.
Conforme comentários de Cohen, as empresas cripto privadas que levantaram capital expressivo em 2021 e início de 2022 estão sendo negociadas com descontos significativos nos mercados secundários e em transações de balcão.
Para ele, os relatórios finais desse quarto trimestre mostrará o rumo que o setor tomará em 2023, ou seja, “quais fundos serão tachados como adequados”, diz ele.
Para contextualizar, o Opensea, por exemplo, que é o maior marketplace de NFTs, negociou US$ 200 milhões em janeiro deste ano, segundo dados do DappRadar, quando a plataforma era avaliada em US$ 13,3 bilhões. No mês passado, o site plataforma negociou apenas US$ 10 milhões em NFTs.
Resultado disso, “os cofundadores de 30 e poucos anos dp OpenSea, Devin Finzer e Alex Atallahh, não são mais bilionários”, finaliza a Forbes.
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