A Globo e a GOL Linhas Aéreas realizaram uma parceria no mercado aéreo para neutralizar as emissões de carbono (CO2) em viagens corporativas indispensáveis.
Segundo comunicado à imprensa na segunda-feira (28), a medida foi colocada em prática em setembro, quando todas as viagens de colaboradores Globo passaram a ser compensadas pela venda de créditos de carbono aplicados na preservação e reflorestamento de florestas nativas e em projetos de agricultura regenerativa na Floresta Amazônica.
A compensação das viagens corporativas necessárias e realizadas pelos funcionários da Globo é feita por meio do do token Moss Carbon Credit (MCO2). Conforme descreve a nota, trata-se de “um ativo digital verde em blockchain criado pela Moss”, ‘climatech’ focada em soluções sustentáveis.
“Um token de MCO2 equivale a um crédito de carbono, ou, uma tonelada de gás carbônico que deixa de ser emitida para a atmosfera”, diz o comunicado. Que acrescenta: “Os créditos de carbono possuem certificação internacional e as iniciativas estão de acordo com protocolos da ONU chamados REDD e REDD + (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal)”.
O token da Moss, contudo, está muito longe de entrar no top 100 do mercado de ativos virtuais e figura atualmente na 3084ª no site de dados CoinMarketCap. Nos últimos 12 meses, o MCO2 perdeu cerca de 80% de seu valor, saindo da faixa dos US$ 10 em novembro do ano passado para os atuais US$ 1,93 (cerca de R$ 10).
O token chegou a valer cerca de US$ 18 em março de 2021, aproximadamente R$ 70 à época.
Iniciativa Globo, GOL e Moss
A iniciativa Globo, GOL é viabilizada a partir da união de ambas as companhias com a Moss — a GOL já adota o mesmo sistema para pessoas físicas neutralizarem sua pegada de carbono desde 2019. Sua meta, afirmam comunicado, é reduzir suas emissões em 15% até 2026 e 30% até 2030.
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Com essa primeira parceria firmada com a GOL, a Globo estabelece também uma iniciativa de compensação total de deslocamentos aéreos corporativos. O projeto expande o programa da companhia aérea que já permite aos passageiros pessoas físicas neutralizar sua pegada de carbono.
No início do ano, ressalta a nota, a Globo emitiu seu primeiro sustainability linked bond no valor de US$ 400 milhões em um bônus de dez anos, atrelados a essas metas ambientais de redução de emissão de gases do efeito estufa, em linha com compromissos ESG (Environmental, Social and Governance).
“Para nós, esse é um passo importante, pois todas as viagens corporativas necessárias e realizadas pela GOL já nascem neutralizadas. Nosso compromisso não está restrito apenas às emissões diretas, mas envolve também as emissões indiretas, no intuito de influenciar toda a cadeia de valor a partir de um modelo de negócio de baixo carbono. Essa é uma das iniciativas que estamos adotando para reduzir nosso impacto ambiental, valorizar e proteger a nossa biodiversidade”, afirma Maurício Gonzalez, diretor do Centro de Serviços Compartilhados da Globo.
Para a GOL, essa iniciativa pioneira no aéreo corporativo é um importante passo para mitigar os efeitos da aviação comercial nas mudanças climáticas globais. De acordo com a nota, em um ano da campanha #MeuVooCompensaa foram compensadas mais de 7 mil toneladas de CO2 pelos clientes, o equivalente a 1.745 hectares de florestas preservadas.
“A parceria entre a Globo e GOL é uma iniciativa pioneira e urgente, que abre novas perspectivas para as viagens corporativas sustentáveis no país. Que seja um exemplo e uma motivação para o engajamento de outras empresas brasileiras em prol da preservação do meio ambiente”, afirma Renzo Mello, diretor de Canais de Vendas da GOL.
Para o fundador e CEO da Moss, Luis Felipe Adaime, a iniciativa proporciona ações efetivas no combate ao desmatamento na Amazônia, e, ao mesmo tempo, no desenvolvimento sustentável da região. “A partir de agora, a Globo e a GOL se tornam os nossos aliados na preservação do meio ambiente”, concluiu.