O uso dos tokens não-fungíveis (NFTs) no mundo do skate, surf e futebol foi discutido por nomes de peso desses esportes na tarde da quinta-feira (30) no NFT.Rio, evento internacional que acontece até domingo (03) no Parque Lage, Rio de Janeiro.
Bob Burnquist, skatista brasileiro de renome internacional, se uniu ao surfista e publicitário Felipe Baracchini, idealizador da coleção Surf Junkie Club, e Felipe Ribbe, diretor de negócios da Socios.com no Brasil, na roda de conversa “A próxima jogada: esportes e NFTs”, mediada pelo jornalista Bruno Natal.
Bob Burnquist disse que o seu envolvimento com o universo das criptomoedas data de muito antes do lançamento da sua coleção de NFTs “Burnquist Gold” em outubro do ano passado. Ele comprou bitcoin em 2017 e, após a valorização da criptomoeda no ciclo de alta daquele ano, vendeu tudo para financiar sua festa de natal daquele ano.
“Cheguei na hora certa e sai na hora errada”, brinca, ao compartilhar a história. Seu retorno ao meio cripto aconteceu por influência de alguns amigos, que na época do “DeFi Summer” estavam interessados no CryptoKitties, um dos primeiros projetos de NFT a fazer sucesso.
“Quando começaram a surgir alguns casos, eu fui estudar o que era blockchain, o que era um contrato inteligente, e fui entendendo o potential dos NFTs. Eu quis parar para estudar ao invés de só ir lançar um projeto e vender por 2 ETH só pensando em dinheiro”, explica Burnquist ao comparar a criação da sua coleção como qualquer outro projeto em que se envolve.
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O skatista então arregaçou as mangas para entregar o projeto. Ele conta que, assim como em outros produtos que já lançou, tenta torná-los acessíveis para o público brasileiro de modo a tentar superar as barreiras financeiras. No caso das marcas, isso significava buscar fornecedores nacionais. No mundo das NFTs, vou preciso trabalhar com uma rede com taxas baixas, como a Tezos, e diminuir o custo das obras digitais.
Desde o lançamento da coleção, Burnquist tenta criar novas formas de interagir com os detentores de NFTs promover experiências únicas que os fãs do atleta podem ter por esse meio. “A ideia é construir constantemente e usar os NFTs para entregar algo que em outros lugares não é possível”, complementa.
Além da sua coleção de NFTs, a relação de Burnquist com cripto também se expandiu recentemente para seus projetos sociais. Dentro do Instituto Skate Cuida, que oferece aulas do esporte para jovens de comunidades do Rio de Janeiro, o skatista lançou o seu novo projeto CriptoCria que vai promover aulas de programação e tecnologia blockchain para todos os participantes da instituição.
“Criamos o CriptoCria para todas as idades, se tem 70 anos e nunca usou cripto, vc é um criptocria”, diz o skatista. “Eu vi que poderia ajudar muito mais se eu incentivasse essas pessoas a entrar na área de tecnologia com blockchain. Por ali, eles começam a entender agora que existe uma forma nova de transacionar”.