Imagem da matéria: Homem é acusado de operar rede pirata de caixas eletrônicos de Bitcoin
(Foto: Shutterstock)

A Procuradoria de Manhattan acusou um homem de operar dezenas de caixas eletrônicos (ou ATMs, na sigla em inglês) de bitcoin (BTC) — neste caso, também chamados de “BTMs” — sem autorização pelas cidade de Nova York e Miami, bem como no estado de Nova Jersey.

Promotores alegam que o nova-iorquino Robert Taylor, 35, operava um total de 46 BTMs entre três cidades e vendeu US$ 5,6 milhões em bitcoin entre 2017 e 2018. Ele cobrava taxas de transação entre 10% e 20%.

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Taylor foi acusado de prometer, via publicações em redes sociais, que suas máquinas não usavam câmeras ou exigiam identificação pessoal de usuários. Essas promessas atraíam clientes que haviam cometido crimes recentemente.

Taylor foi preso na quarta-feira (13), de acordo com uma declaração concedida à Reuters por um porta-voz da Procuradoria. Ele é acusado de praticar fraude fiscal, envio de documentos falsos e operação de um transmissor de dinheiro não licenciado.

 

“Robert Taylor supostamente fez um grande esforço para manter seu negócio de quiosques de bitcoin o mais secreto possível para atrair uma clientela que pagaria bastante dinheiro para preservar sua anonimidade”, afirmou Alvin Bragg Jr., promotor de Manhattan, em um comunicado de imprensa.

“À medida que o uso de criptomoedas, como o bitcoin, se prolifera, continuam atraindo uma ampla gama de maus agentes que esperam [conseguir] evadir a fiscalização”. Ele acrescentou que “não iremos permitir que moedas digitais se tornem zonas protegidas para atividades ilegais”.

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BTMs e a lei

BTMs não são ilegais contanto que adiram a regulações fiscais e de licenciamentos locais. No entanto, repetidas vezes, autoridades as ligam à lavagem de dinheiro e a outras atividades criminais.

Em dezembro de 2021, a Secretaria de Contabilidade do Governo dos Estados Unidos (ou GOA) publicou um relatório detalhado sobre o papel de BTMs no tráfico humano e de drogas.

O relatório argumentou que fornecedores de BTM não precisam sempre informar a localização de seus quiosques. Esse é um provável ponto cego para agências federais que buscam identificar quiosques em áreas que possuem um alto grau de crimes financeiros e tráfico humano e de drogas.

A GOA acrescenta que o atrativo de explorar BTMs para fins criminais se fortalece quando fornecedores dos caixas eletrônicos decidem não coletar a informação pessoal de usuários.

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O relatório também cita o Departamento Federal de Investigação (ou FBI), que afirmou que existe “um aumento no uso de quiosques de criptomoedas para fins ilícitos”, incluindo o tráfico humano e de drogas.

Em março, a Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido (ou FCA) exigiu que todos os BTMs no país fossem desligados.

A FCA afirmou: “Nenhuma das empresas de criptoativos registradas conosco foram aprovadas para oferecer serviços de ATMs cripto, ou seja, nenhuma das que operam no Reino Unido está agindo legalmente e clientes não devem utilizá-las”.

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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