O ex-desenvolvedor da criptomoeda Ethereum, Virgil Griffith, foi condenado nesta terça-feira (12) pela Justiça americana a 63 meses – pouco mais que cinco anos – de prisão, após ser acusado de ajudar o governo da Coreia do Norte a usar criptomoedas como forma de evitar sanções econômicas impostas pelos EUA.
Além de seguir preso no Metropolitan Detention Center no Brooklyn, em Nova York, Griffith terá ainda que pagar uma multa de US$ 100 mil.
O departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) afirma que Griffith apresentou formas para burlar as sanções via criptomoedas após uma viagem à capital norte-coreana Pyongyang, onde fez uma apresentação sobre Ethereum e blockchains. Ele foi preso em novembro de 2019 e acusado pelo FBI de conspiração, uma vez que a Coreia do Norte é considerada uma ameaça à segurança nacional dos EUA.
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Griffith participou da conferência apesar do Departamento de Estado dos EUA, em fevereiro de 2019, lhe negar permissão para viajar ao país para falar sobre o blockchain.
Apesar do crime ter um potencial de punição de até 20 anos, o programador se declarou culpado, apresentou uma confissão para os promotores e obteve uma redução na pena.
Griffith chegou a ser solto sob fiança em 2020. O desenvolvedor, que trabalhou na Fundação Ethereum., chegou a receber publicamente o apoio do criador do Ethereum, Vitalik Buterin. “Recuso-me a seguir o caminho conveniente e trair um aliado, pois acredito firmemente que isso seria errado. Estou assinando”, disse Buterin no Twitter, se referindo a uma petição em favor de Griffith. O empreendedor ainda não se manifestou após a sentença contra Griffith.