Imagem da matéria: Mineração de Bitcoin ficou muito mais danosa ao meio-ambiente após repressão da China
Foto: Shutterstock

A mineração de Bitcoin passou a ser muito mais danosa ao meio-ambiente após a repressão total da China. O uso no processo de fontes de energias renováveis como vento, sol e força hidráulica caiu de 42% em 2020 para 24% em agosto de 2021.

O estudo foi publicado no jornal científico Joule e passou pelo metódo de revisão dos pares (peer review, em inglês). A pesquisa foi feita em conjunto pela Universidade de Amsterdam, Universidade Técnica de Munique, ETH Zurique e MIT (Massachusetts Institute of Technology).

Publicidade

A repercussão do estudo foi grande: foram publicadas reportagens sobre o tema no The New York Times, na BBC e na CNN.

A conclusão é unânime: quando a maior parte da mineração era feita na China, grande medida era feita utilizando energia vinda de usinas hidrelétricas, que é o sistema energético predominante na China (e no Brasil também). Com a necessidade do êxodo, a rede passou a depender muito mais de energia vinda de carvão.

“Existia um grande otimismo de que a China banindo o Bitcoin tornaria a mineração menos danosa ao meio-ambiente. Mas o fato é que já era uma tecnologia suja e ficou ainda pior”, afirmou Alex de Vries, co-autor do estudo, em entrevista ao NY Times.

Porém, o jornal ressalta que os dados sobre mineração são controversos: Cambridge afirma que o uso de energia renovável é de 40%; o Bitcoin Mining Council afirma ser 60%; e a Coinshares, uma firma de investimentos em ativos digitais, estima ser 73%.

Publicidade

EUA e a mineração

Após a repressão chinesa, os Estados Unidos se tornaram o país que mais minera bitcoin. Segundo De Vries, em entrevista à BBC, esse é um dos motivos do resultado do estudo, já que Texas, Kentucky e Georgia tem um média pior do que a dos Estados Unidos quanto à energias renováveis.

O Kentucky “garante isenções de impostos para atrair mineradores e ao mesmo tempo salvar a indústria do carvão”, diz o cientista.

“A pegada de carbono deixada por uma única transação de Bitcoin será de 669 quilos de dióxido de carbono”, aponta De Vries para a emissora britânica. Para efeito de comparação, um voo de Londres para Nova York emite 670 quilos de CO2 por passageiro.

Direção errada

A reportagem do NY Times ouviu também Benjamin A. Jones, professor da Universidade do Novo México que estuda os impactos da mineração no meio-ambiente. “Não é um choque para mim saber que quando a China baniu a mineração, os mineradores foram para outros países e esses outros países tendem a ter uma menor disponibilidade de energia renovável. Se isso for verdade, a implicação é que o Bitcoin está se movendo para o local errado”.

VOCÊ PODE GOSTAR
ilustração de cão shiba inu escalando gráfico no céu escuro em rumo à lua de Doge

Dogecoin dispara 143% na semana e atinge maior preço em 3 anos

“Com o fim das eleições, a alta nos mercados de criptomoedas parece sustentável”, diz analista
Criptorama 2024, Carolina Bohrer

Empresas do setor de criptomoedas devem se antecipar e fazer auditoria, aconselha Banco Central

“É uma ação que faz sentido e vai ajudar todo mundo a ver qual a melhor estrutura e ter tempo de ajustar problemas”, diz executiva do BC
Imagem da matéria: Manhã Cripto: Bitcoin flerta com US$ 92 mil em dia de estreia de opções do ETF da BlackRock

Manhã Cripto: Bitcoin flerta com US$ 92 mil em dia de estreia de opções do ETF da BlackRock

A Nasdaq deve liberar nesta terça-feira a negociação de opções do ETF de Bitcoin da BlackRock
Imagem da matéria: Nubank lança nova função de troca de criptomoedas no app

Nubank lança nova função de troca de criptomoedas no app

A opção permite a oferta de taxas reduzidas em comparação com o processo de compra e venda em moeda fiduciária