Traficantes de drogas de Buenos Aires, Argentina, adicionaram o logo do Bitcoin em um dos comprimidos vendidos como ecstasy. A droga, no formato de um hexágono e de cor amarelada e fluorescente, estava sendo comercializada como a mais barata do menu, segundo informou o Infobae na segunda (14).
O novo comprimido, cuja imagem foi compartilhada pelo vendedor com seus clientes de confiança por meio do WhatsApp, estava sendo vendido por 1600 pesos, o que dá na cotação cerca de R$ 80. É um preço baixo se comparado a qualquer outro comprimido vendido em baladas na capital argentina.
Segundo a reportagem, o preço dessas drogas recreativas costuma variar acima dos 2.000 pesos em locais como Buenos Aires e Rosário, onde os usuários também são persuadidos com pílulas com as imagens de personagens como Morty, da série Rick & Morty. Esta é vendida a um preço médio de 1.700 pesos.
O ecstasy é uma droga sintética, ou seja, feita em laboratório e sem nenhuma substância natural em sua fórmula. No caso do comprimido com o logo do Bitcoin, comentários em um fórum chamado Argenpills revelaram que trata-se de um droga de baixa qualidade. “Não os compraria novamente”, disse um usuário, segundo a reportagem.
A crítica de usuários pode ser explicada por uma organização de Mar del Plata que testa esses tipos de pílulas, a Chill & Safe. No comprimido fluorescente não foi encontrada uma substância chamada MDMA — que torna o efeito recreativo — e o produto pode ser perigoso, já que no lugar pode haver adulterantes, concluiu o Infobae.
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Droga adulterada na Argentina matou 24 pessoas
Na semana passada, um lote de cocaína adulterada matou 24 pessoas e deixou vários internados. Segundo a Procuradoria Geral de Buenos Aires,a droga continha continha carfentanil, um opióide extremamente forte cujos efeitos são 10 mil vezes mais potentes do que a heroína ou o fentanil.
Segundo a BBC, na noite de 3 de fevereiro, os serviços de emergência receberam ligações de dezenas de pessoas que passaram mal após terem consumido cocaína adulterada.
Após ouvir depoimentos de sobreviventes de onde eles haviam adquirido a droga, a Justiça argentina ordenou uma operação policial que resultou na prisão de vários suspeitos.
A polícia de Buenos Aires conseguiu apreender o tipo de droga em Puerta 8, uma bairro da Grande Buenos Aires, onde estava sendo distribuída, o que serviu de amostra para a perícia.